30 de maio de 2009

Pensamos no leitor?



Qual é o intuito do blog de crítica de mídia produzido pelos alunos do 2º ano de Jornalismo da UEPG? Inicio esse texto desta forma tentando colocar-me no lugar dos leitores que procuram o Critica de Ponta. Devemos pensar sobre o que eles buscam encontrar aqui. Acredito que pretendem encontrar crítica de produtos que abrangem os Campos Gerais, principalmente que não encontrariam em outros lugares.

Digo isso por notar que está se tornando frequente (desculpe-me o gerundísmo), na editoria Projetor, críticas de produtos veiculados no país todo. Metade das dez postagens feitas até agora optaram por filmes que estão(avam) em cartaz no cine Multiplex Palladium de Ponta Grossa, como acontece nesta edição. Acredito que a programação do cinema do município interesse o leitor, mas criticas sobre esses filmes são encontradas com facilidade em outros meios.

Buscar alternativas como produções próprias da região, ou que são transmitidos em outros projetos, tal qual o “Tela Alternativa” no Cine Teatro Ópera, já abordado em outras edições do blog, são soluções para trazer a “novidade” para as críticas de cinema do Critica de Ponta. Não sei se por coincidência ou outro fator, mas os autores de edições passadas que optaram por essas produções citadas acima fizeram textos menos descritivos, já que tanto falamos da tentativa de fugir desse “mal”.

Em contrapartida, a editoria Vitrola merece respeito por apresentar pluralidade nas escolhas. Aqui já foram citados gêneros como choro, clássico, rock, música popular brasileira (MPB) e musical. E a característica continua nesta edição. A autora critica uma dupla da cidade que tem como gênero o sertanejo universitário.

Apesar de cometer um deslize no nome de uma das músicas que apresenta como uma das mais famosas da dupla ('Ursinho de dormir', o correto é ‘Ursinho de Pelúcia’) Thalita Milan faz uma boa crítica levantando pontos positivos e negativos. Ainda ressalta, sem pudores, sua comparação a favor da dupla com outros cantores no trecho: “Nas apresentações, Giba e Nando tocam músicas de outros cantores e também composições próprias, que, em termos de qualidade técnica, não ficam atrás de canções de duplas mais famosas.”

Cláudia Alenkire

Do papel às vozes (literárias) no palco


O concurso de ‘interpretação poética’ do 25° Jogos Estudantis Municipais de Ponta Grossa (JEM) levou mais de 200 pessoas na quinta-feira, dia 28/05/09, ao Centro de Cultura da cidade, que tem 176 lugares. No local, estavam familiares, professores e treinadores das mais de 25 crianças que se apresentaram. Além de outros (usuários ou frequentadores), que não necessariamente conheciam os intérpretes.



As apresentações (infantis) foram avaliadas por três jurados designados pela Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa (PR), e divididas por idade em três grupos: grupo um, composto por alunos nascidos em 1994 e 1995; grupo dois, crianças nascidas em 1996 e 1997 e grupo três, formado pelas pessoas que nasceram em 1998 e 1999. Os aspectos analisados nas apresentações foram a pronúncia, a interpretação dramática e a criatividade.

Foram interpretadas poesias de vários gêneros, como os infantis da pontagrossense Edi Tozetto, os poemas do gaúcho Mario Quintana e alguns sonetos de Vinícius de Morais. Henriqueta Lisboa e Florbela Espanca também foram lembradas. O melhor desempenho foi dos meninos, pois nenhum esqueceu a letra e todos se fizeram ouvir, desde o que interpretava gritando até o mais modesto (quase envergonhado).



Já algumas meninas erraram de palco e de noite pois, ao invés de interpretar uma poesia, dançaram. Até havia fundos musicais, porém o incrível é que, justamente, algumas garotas que entravam sem música dançavam e, com isso, o que era para ser interpretado acabava declamado de forma mecânica e sem nenhuma emoção. Porém, o que se viu na platéia não foram expressões de descontentamento ou reprovação e sim grandes gargalhadas de um público que se divertiu.


Mônica Bueno


Serviço:

Próximo concurso cultural do JEM 2009: Festival de Dança

Local: Cine-Teatro Ópera – Auditório A

Data e horários:

30/05: 15h Grupo I 16h Grupo II 17H Grupo III

31/05: 15h - Grupo IV16h Grupo V

Ingresso: Entrada Franca

Sertanejo para ouvir e dançar


Músicas românticas são um clichê do gênero sertanejo.. Melodias que falam de amor predominam em composições que vão desde as modas de viola, chamadas músicas 'de raiz', até nas canções do recente 'sertanejo universitário'. O gênero surgiu com duplas como João Bosco e Vinicius e hoje é presença confirmada em festas universitárias por todo o Brasil. Em Ponta Grossa, essa realidade não é diferente. A dupla Giba e Nando faz parte da nova geração de cantores que compõem sobre o amor, para não fugir à regra, mas com ritmos dançantes e mais alegres que as músicas tradicionais.



Giba e Nando consolidaram seu trabalho se apresentando em casas noturnas da cidade. Alguns problemas, dentre eles a saída de um membro da banda, provocaram a diminuição da freqüência de shows. Nas apresentações, Giba e Nando tocam músicas de outros cantores e também composições próprias, que, em termos de qualidade técnica, não ficam atrás de canções de duplas mais famosas. 'Vai' e 'Ursinho de dormir', as músicas mais famosas, são ótimas para aqueles que gostam de sertanejo para dançar.



No release de Giba e Nando (à disposição no primeiro site do serviço), alguns erros de português (gramática básica) tornam a apreciação do trabalho menos atraente. Além disso, a agenda de shows é algo difícil de achar na web, bem como outras informações essenciais que devem constar no site de qualquer banda. Problemas pequenos, mas que só podem ser superados com incentivo adequado por parte dos patrocinadores.


Thalita Milan

Serviço:

http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/gibaenando/

http://www.garagemmp3.com.br/giba-e-nando

Crédito das fotos: divulgação

No jornalismo, para evitar erros, também se experimenta


O jornal laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Foca Livre, na segunda edição de 2009, aborda como tema problemas ambientais que poderão acontecer com a instalação de um novo aterro sanitário em Ponta Grossa, e dedica uma página inteira para assuntos como sites de relacionamento e crimes virtuais. Porém, não houve grande aprofundamento, além de erros estéticos e de texto. O impresso mensal é produção de alunos de Jornalismo da UEPG.



A matéria de capa diz respeito à implantação de novo aterro sanitário sem licença ambiental. Há pluralidade de fontes, ou seja, tanto os não interessados na implantação do projeto quanto os interessados são ouvidos. Dentro da matéria há um 'box' (quadro explicativo) com uma foto cuja legenda é “Catadores são induzidos por PGA(Ponta Grossa Ambiental) a apoiar aterro”. A palavra induzidos faz parecer que o jornal está contra a PGA, por não apresentar no corpo do texto indícios mais sólidos para comprovar a informação.

A página cinco (do jornal) fala sobre temas relacionados à Internet. Na matéria sobre popularidade das redes sociais, o repórter esclarece vários pontos importantes, mas no momento em que fala sobre pessoas serem demitidas pelo fato de empresas olharem os perfis dos funcionários, não há mais esclarecimentos sobre o assunto.



Esteticamente algumas páginas são cansativas para leitura, com muitos blocos de texto e poucas imagens.. As legendas das fotos são muito maiores do que as palavras dos textos e as caixas usadas em algumas matérias são escuras, dificultando a leitura.


Cristhiano Correia


Serviço:

Foca Livre

Ano 17, edição número 129

Maio de 2009

Essa edição ainda pode ser encontrada no Departamento de Comunicação da Universidade Estadual de Ponta Grossa( UEPG)

No teatro, uma cantada improvisada (de Veríssimo)


Vencedores por W.O. (sigla inglesa para a palavra walkover, que expressa o ato de uma equipe vencer pela falta de concorrentes), porém com classe, Thalita Milan e Daniel Petroski, foram os únicos participantes da categoria teatro no I Concurso de Calouros da Semana de Integração da Resistência (Seintre). O evento foi realizado na noite de 20 de maio de 2009, no Circo do SESC Ponta Grossa, centro da Cidade.



O concurso contou com as categorias poesia, música e teatro. Thalita & Daniel, estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, adaptaram a crônica 'A mulher da minha vida', de Luís Fernando Veríssimo. Mesmo cientes de que não havia competição, os atores arrancaram gargalhadas e conquistaram a simpatia da platéia. O esquecimento do texto em alguns momentos foi o principal problema que assolou a dupla. Porém, os improvisos bem feitos, resultado de um talento (tavelz nato!) dos participantes, fez com que o problema passasse despercebido. A inserção de um técnico de som, ou um contra-regras (profissional que auxilia nas questões técnicas de um espetáculo) engrandeceria a produção e evitaria algumas falhas, como a trilha sonora que sofreu variações bruscas no volume.

Daniel, no papel de um galã atrapalhado, se esforçou para incorporar o personagem, porém, em diversos momentos, se desprende das características da figura dramática o que desestruturou a personalidade da figura que interpretava. Com a graça e a malemolência (ao entrar rebolando e dançando no palco) de Thalita, além do vômito cenográfico e do vestido curtinho que chamava atenção, a atriz (estudante de Jornalismo) consegue transmitir com a representação a essência de sua alcoolizada personagem.



Espera-se que o concurso perdure pelas próximas Semanas da Resistência, e que a baixa de participantes nessa primeira edição do Concurso de Calouros, seja suprida pelo surgimento de novos talentos da dramaturgia.


Tuanny Honesko


Serviço:

I Show de Calouros da VI Semana de Integração da Resistência.

Local: SESC Ponta Grossa, localizado na rua Theodoro Rosas, 1247. Fone: (42) 3222-5432.

Data: 20 de maio de 2009.

Horário: 19h (a apresentação de teatro foi por volta de 21h30min).

Texto: “A cantada”, de Luís Fernando Veríssimo.

Atores: Thalita Milan e Daniel Petroski.

Crédito das fotos: Giseli Manjurman

Um bar que procura ser um Pub


Para quem gosta de ambientes estilizados como Pubs, Ponta Grossa oferece opções. 'Pub' é um estilo antigo de comércio originário da Europa, onde é servida uma variedade de bebidas alcoólicas. A Choperia Baviera, localizada na região central da Cidade (próximo da UEPG) é toda decorada com peças antigas e que passam a impressão de se estar em outra época. As luzes baixas em lustres estilizados e as cortinas nas janelas tornam o ambiente aconchegante. Conforto e aconchego são as principais características de um Pub.



Como Pub o lugar funciona há 16 anos. O recinto tem dois andares, fachada com paredes decoradas (construídas) em madeira na horizontal e o telhado imitando o estilo arquitetônico com azulejos, que evidenciam a manutenção de um formato (quse) europeu. Dentro o piso, as mesas, cadeiras, janelas e pilares de madeira deixam o ambiente com um ar interiorano. Todas as características favorecem o lugar, tornando-o interessante e curioso. A proposta da Choperia Baviera é se aproximar o máximo possível de Pub... promessa que não é cumprida em sua totalidade.



A decoração e estilização são prejudicadas pelo excesso de público do lugar. O bar que recebe, em grande maioria, o público jovem, não controla o número de pessoas que entra. Assim ele abandona a proposta de Pub por trazer desconforto e tumulto nas noites de grande movimento. Além do incômodo, as pessoas não conseguem se localizar no 'clima europeu' e interiorano do lugar. A impressão que se tem, quando o bar está muito cheio, é de estar em uma pequena danceteria onde as pessoas não dançam.


Liandra Cordeiro


Serviço:

Choperia Baviera

Endereço: Rua Senador Pinheiro Machado, s/n, Centro – Ponta Grossa PR

Aberto de quarta-feira a sábado. O preço da entrada varia conforme o tipo de apresentação do dia.

Na Televisão... 'A véia, tá boa?'


Com diferentes bordões, o apresentador Augusto Canário interage com os telespectadores do programa 'Tribuna da Massa' de maneira informal. 'E a véia, tá boa?' é a sua resposta para os e-mails que chegam ao decorrer da 'Tribuna' com críticas pessoais, como comentários sobre a sua aparência. Mesmo sem relação com o conteúdo apresentado, os bordões chamam a atenção do público.



Exibido de segunda à sexta, entre 12:25h e 13:50h, pela TV Tibagi, afiliada da Rede Massa (no Paraná), o programa aborda questões populares de maneira sensacionalista. Canário grita, pula e deita no chão após as matérias. Além disso, passa sermão no autor do crime noticiado. Violência doméstica e assassinatos são os temas mais comuns.

Dentre os quadros exibidos, o que se destaca é o 'Gente Procurando Gente', por dar voz ao telespectador que muitas vezes utiliza o espaço para divulgar ofertas de emprego e expor a procura por familiares desaparecidos. A idéia poderia ser mais bem aproveitada se o apresentador não ridicularizasse os cidadãos após os depoimentos.



'Tribuna da Massa' é mais um programa que não se sabe se é para ser levado a sério, como 'JB Urgente' (TVE-PG) e o 'Programa do Zeca' (TV Vila Velha). Apesar das características peculiares, o programa representa um estilo televisivo (em certos aspectos) popular, que não tem a pretensão de ser um telejornal tradicional, em que a seriedade e a imparcialidade são um objetivo.


Gisele Barão


Serviço:

Programa Tribuna da Massa – Segunda a Sexta, 12:25h às 13:50h.

Apresentador: Augusto Canário

TV Tibagi, afiliada Rede Massa. (Canal 34)

Crédito Fotos: Divulgação

Cinema bom para rir... e aprender história


Uma Noite no Museu 2. Agora, a trama (dois) conta com dois macacos e Larry Daley (Ben Stiller) como um rico empresário, além de apontar à aviação como invento dos irmãos Wright, e não de Santos Dumont. Uma Noite no Museu 2, procurando repetir o sucesso do primeiro filme da série, repete a história das obras de arte que ganham vida no Museu de História Natural de Nova York, onde o macaco encrenqueiro que agora tem um companheiro para infernizar Larry e aquela (mesma) visão estadunidense de que foram eles que inventaram o avião.



Após sobreviver à primeira noite no Museu, Larry Daley deixa a função de vigia noturno e abre uma empresa de invenções. Assim como o clichê norte–americano, ele se torna um empresário bem sucedido, extremamente dependente de novas tecnologias, afastado da família e, claro, infeliz.



A trama principal do filme se passa no Instituto Smithsonian, onde seus amigos do primeiro filme foram levados, pois seriam transferidos para Washington por conta de uma reformulação do museu nova-iorquino. No entanto, o artefato egípcio que dá vida às obras durante a noite fica em NY e, portanto, Jedediah (Owen Wilson), Octavius (Steve Coogan), Teddy Roosevelt (Robin Williams) e todos os outros voltariam a ser apenas objetos novamente. A função de Larry não é mais cuidar deles, mas salvá-los e fazer com que retornem às festas e confusões noturnas no museu.


Guilherme Capello


Serviço:

Em cartaz no Multiplex Palladium (Rua Ermelino de Leão, 703, Ponta Grossa/PR)

Uma noite no museu 2

Título Original: Night at the Museum: Battle of the Smithsonian
Gênero: Comédia
Censura: 12 anos
Duração: 105 minutos
Ano: 2009
Língua: Inglês
Horários: SEG, TER e QUI 16:00 20:00 SEX, SAB, DOM e Quarta 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

Fotos: Divulgação