17 de abril de 2010

Castro Revista (de publicidade?)

O Jornal da Manhã, de Ponta Grossa, lançou no último dia 14 um especial chamado “Castro Revista”, que circulará quinzenalmente às quartas-feiras. A primeira edição tem 20 páginas, todas coloridas, com nove matérias e um ensaio fotográfico. Já na capa pode-se ter a impressão de que o caderno tem uma linha editorial um tanto quanto publicitária, já que as manchetes anunciam o dono de uma gráfica e o dono de uma rede de calçados falando sobre essas.

Ao ler as duas matérias tal impressão pode ser confirmada. A primeira ainda passa uma abordagem com foco artístico e biográfico, falando da paixão de um empresário local pela fotografia, a partir da história e atividade profissional. Porém, a matéria descreve e conta a história da referida empresa (gráfica), fazendo uma propaganda sutil. Por outro lado, a entrevista com o proprietário de uma rede de calçados o faz parecer um homem bem sucedido e dono de uma loja “sensacional”, por meio de frases como “e a tática deu certo”, “qual o segredo pro sucesso?” e “só a experiência pra dizer o que vende ou não”... de autoria do próprio entrevistado (e escolhidas pela edição).

As matérias sobre veículos (automotores) seguem o mesmo padrão das que já são publicadas no Jornal da Manhã. Duas foram colocadas na 'revista', mas nenhuma fala sobre a cidade de Castro. Tais matérias apresentam um foco publicitário, e se limitam a descrever o veículo e a falar das vendas da empresa. Outra matéria que não traz pouca informação sobre o município (Castro) é sobre a gripe A (H1N1), em que uma especialista fala sobre a doença e a vacina. Neste caso, poderia entrar em outra editoria!


Todavia, o caderno possui um aspecto que mostra a cultura, a arte, o turismo e incentiva o debate público na cidade de Castro. É esta a linha editorial que se espera de uma 'revista' que faz parte de um jornal tradicional dos Campos Gerais.

Mozart Artmann

Serviço:
Castro Revista.
Edição de 14 de abril de 2010.
Circulação: Quinzenal, às quartas-feiras junto com o Jornal da Manhã.
Preço (do jornal): R$ 1,75
Circulação em Ponta Grossa e região.
Fotos: Mozart Artmann





= AGENDA CULTURAL=


Sábado, 17 de abril

Atividade: Oficina de Documentário.
Horário: 14h
Local: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)- Campus Centro/Sala B 206
Inscrições pelo blog:
periferiadepontagrossa@blogspot.com

Sábado, 17 de abril

Atividade: Apresentação com as bandas: Vinil 45, Hang Over, Cães Alados
Horário: 21 h
Local: Abismo Rock Bar- Rua Bonifácio Vilela
Ingressos: R$ 5,00

Sábado, 17 de abril

Atividade: Show com Dissonantes
Horário: 21 h
Local: Empório Avenida- Bonifácio Vilela
Ingressos: R$ 10,00

Domingo, 18 de abril

Atividade: Exibição do Filme “A Montanha Enfeitiçada”
Horário: 15h
Local: Cine- Teatro Ópera - Auditório A
Ingressos: Entrada franca
Terça- Feira, 20 de abril

Atividade:
Festa-Fallow me (Show com as bandas, Cadillac Dinossauro e Misty a Long Play)
Horário: 22h
Local: Imperial Lounge Bar
Ingressos: R$ 10,00(com acadêmicos do Curso de Jornalismo 3° ano UEPG).

Rafaela Serrato

16 de abril de 2010

Rompendo preconceitos



A Companhia de Dança Masculina Jair Morais apresentou, no último sábado, dia 10 de abril, “Corpos, Ação, Movimento e Só” no teatro Ópera de Ponta Grossa. O grupo ganhou o prêmio Klauss Vianna de Dança de 2009. Com a premiação, e a cooperação dos municípios, os bailarinos estão realizando apresentações pelo Paraná afora. Foi o segundo evento, num calendário cheio, pelo menos, até o meio do ano.
A apresentação começou com uma quebra de tabus. Com tutus (saias), audácia e coragem os bailarinos adaptaram a coreografia de Jules Perrot e Jean Coralli, “Gisele”, para “Gis – Ele”. A magia que fez a platéia com 305 espectadores aplaudir de pé foi a arte de se fazer dança. É sempre bom, no país do futebol, encontrar iniciativas dessas, que promovem a cultura.




O elenco traduz o amor pela dança. É nítido isso no palco. A força dos movimentos, precisão, sentimento e energia foram as palavras da noite. A experiência, o talento e a rigidez de Jair Moraes refletiram no palco. A iluminação complementou a movimentação dos bailarinos. O jogo de luzes coloridas criou cenas inusitadas. Os corpos deslizavam em perfeita harmonia.
As academias da cidade: Academia de Dança Ângelus; La Ballerina; Ballet Marista Pio XII; Academia de Dança Pró-Arte e Vozes do Pé Núcleo Artístico marcaram presença, numa união eletrizante.



Laís Franco

Serviço:Espetáculo de Dança Masculina “Corpos, Ação, Movimento e Só”- Cia. Dança Masculina Jair Moraes - Ballet do Teatro Guaíra
Local: Cine Teatro Ópera – Auditório A (Rua XV de Novembro, Centro PG)
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 a entrada (R$5,00 meia entrada)

Informação do Paraná (aos paranaenses)



A Revista RPC é um programa produzido e veiculado pela filial paranaense da Rede Globo, a Rede Paranaense de Comunicação. A edição vai ao ar aos domingos, às 23:45h e tem uma abordagem jornalística. Os temas pautados abrangem esporte, matérias gerais e notícias do Paraná. As reportagens são bem exploradas e possuem entrevistas que dão qualidade à produção. A Revista RPC é apresentada pelos jornalístas Odilon Araújo e Paola Manfroi. O cenário é atrativo aos olhos do telespectador e os apresentadores têm uma boa oratória televisiva, pois procuram explicar os assuntos pautados com um domínio temático.



A parte jornalística do programa tem duração de 37 minutos e é composta, em média, por três matérias, além das notícias sobre esporte, mais voltado ao futebol realizado no fim de semana. A Revista RPC também possui quadros encenados sobre humor com duração de cinco a 10 minutos, onde estão o “Casos e Causos” e o “Humor Mix”.
O quadro “Casos e Causos” apresenta pequenas histórias do cotidiano mesclados por temas com visibilidade na mídia. A filmagem é adequada ao estilo do quadro pois, na maioria das vezes, foca o diálogo dos personagens. Os atores apresentam boa performance, porém possuem características teatrais que, por vezes, se revelam um tanto exageradas ao formato televisivo. A trilha sonora, em geral, é agradável e adequada aos quadros, pois as músicas escolhidas tem relação direta com a cena apresentada. O roteiro é, em alguns programas, um pouco cansativo pela duração. Ainda sim, o 'Casos e Causos', da Revista RPC, possui um mistério que leva o telespectador a ficar ligado no desfecho que, em algumas edições, é surpreendente.



Janaina Lellis

Serviço:Revista RPC – programa produzido e transmitido pela RPC (Canal 7 – UHF) – Filial da TV Globo no Paraná
Dia e Horário: 23:45h do domingo
Apresentação: Odilon Araújo e Paola Manfroi
Fotos: Divulgação (RPC)

Pedestre e ciclistas dividem espaço em ciclovia de Ponta Grossa



Num ponto distante do centro da Cidade, numa região calma e com a presença de muito verde, encontra-se uma das duas únicas ciclovias da cidade. A via ocupa um dos lados das avenidas ondel está localizada (Antônio Saad e João Batista França). Passando pelas vilas Jardim Esplanada, Parque Nossa Senhora das Graças, Jardim Atlanta e Santa Mônica, zona norte de Ponta Grossa/PR, a ciclovia tem quatro (4km) quilômetros e se apresenta como uma opção de lazer saudável para aqueles que se interessam com o bem-estar físico.
Observa-se a presença de poucas bicicletas circulando no local. Quem mais faz uso das vias são estudantes e trabalhadores da região, donas de casa, idosos e um grupo de hipertensos que utiliza uma das Unidades de Saúde da região... momento em aproveitam para dar uma “esticada” fazendo exercícios.



Em vários pontos da ciclovia, a conservação é precária. Mato e entulho invadem o espaço reservado aos ciclistas. Além disso, a construtora de um conjunto residencial que trabalha no local tem danificado o asfalto da ciclovia, deixando-o todo esburacado na região onde executa tais serviços.
Não custa lembrar que cabe aos órgãos competentes (do Município) a responsabilidade de realizar limpezas constantes no local, pois além de ser uma responsabilidade básica dos mesmos, a ciclovia é um dos únicos espaços da cidade reservado para aqueles que apreciam uma caminhada com o mínimo de segurança. Aliás, a (ausência de) segurança é um aspecto que preocupa os moradores do local, pois na região, entre o conjunto residencial em construção e o início da vila Santa Mônica, vários assaltos têm ocorrido no início da noite, ao longo dos últimos meses.



Kevin Furtado

Serviço:
A ciclovia, que tem 4 km de extensão, parte da Avenida Antônio Saad e vai até a Rua João Batista França e Silva, na esquina com a Rua Lídia Scheidt Curi, no Bairro Boa Vista (zona Norte da cidade de Ponta Grossa/PR).
Fotos: Kevin Furtado

12 de abril de 2010

Sexo, amor e anarquismo no interior do Paraná





Miguel Sanches Neto, um dos atuais escritores mais conhecidos do Paraná dá vida à experiência da Colônia Cecília no livro ‘Um Amor Anarquista’. A comunidade socialista que, de fato, existiu na cidade de Palmeira, Região dos Campos Gerais, no interior do Estado, na virada do século XIX/XX, é descrita através de quatro personagens principais... três homens que “dividem” a mesma mulher por princípios anarquistas do amor livre.
Sobre a construção literária, o autor optou por uma narrativa linear, onde o narrador é onisciente e o herói bem definido. No livro não existem grandes recursos literários, mas isso não parece empobrecer a narrativa e sim fazê-la cumprir seu propósito maior: contar uma história.



O autor retrata bem as personagens e seus conflitos, mas apesar do título há pouco anarquismo e “muito amor” na obra. O conflito pessoal das personagens, ao abandonar suas convicções católicas convencionais, ganha mais atenção que o contexto político da época e a obra fica carregada de lágrimas à medida que o ideal vai se apagando nas mãos dos revolucionários e aumentando a pobreza. Durante a narrativa, o livro acaba se tornando um retrato dos imigrantes italianos no Brasil e, de maneira mais leve, também do enfraquecimento dos sonhos socialistas que os intelectuais europeus trouxeram, muito esperançosos, para o Brasil.
Mesmo, mantendo-se “morno” em algumas partes, o livro ainda é um retrato picante da beleza da colônia Cecília e, com certeza, uma leitura indispensável para todos os paranaenses que, em sua maioria, devem desconhecer essa importante etapa de sua história.



Serviços:
Livro: Um Amor Anarquista
Autor: Miguel Sanches Neto
Editora: Record, Rio de Janeiro, 2005
Disponível (para leitura) na Biblioteca da UEPG
À venda no site : www.americanas.com.br por 29,90 reais

Mayara Sonchini

O Portal em outra alternativa ao leitor dos Campos Gerais


Os principais fatos semanais, dicas sobre saúde, culinária, e outras formas de entretenimento são encontradas no jornal semanal de Ponta Grossa, ‘O Portal’. Cultura e variedades têm um grande espaço no jornal, diferenciando-se dos dois diários locais – Diário dos Campos e Jornal da Manhã – que não dão tanto espaço para este tema, se comparado o tamanho entre os jornais locais.
O Portal atende a um público interessado em matérias que trazem curiosidades sobre cinema, viagens, sexo e meio ambiente, fugindo um pouco das matérias habitualmente encontradas em outros jornais. Este se diferencia do jornalismo tradicional. Um exemplo são os títulos, que arriscam uma maior diversidade para atrair o leitor.


As fotos ocupam grande espaço nas páginas do jornal, e muitas vezes não possuem legenda ou créditos de identificação autora do repórter fotográfico. Em algumas reportagens, as imagens não apresentam boa qualidade (informação, contraste, movimento e definição) e são desnecessariamente grandes.
A diagramação do jornal confunde o leitor por não seguir o mesmo padrão em todas suas páginas. Além do número de colunas (por página) variar de acordo com a matéria, nem todos os textos são justificados (organizados em colunas lineares), dando um aspecto de desordem ao ler a notícia.
O jornal, que circula em Ponta Grossa/PR desde meados de 2009, está crescendo, mas pode melhorar, particulamente no que diz respeito aos detalhes da diagramação, fotos e assuntos pautados.



Serviço:
Jornal: O Portal
Circula todos os domingos em Ponta Grossa e nos Campos Gerais
Valor: R$ 1,50
Site: www.jornaloportal.com.br

Rafaela Mendes Silva