4 de abril de 2009

Estamos no caminho


É possível notar uma evolução no grupo de alunos do 2° ano de jornalismo da UEPG, com uma produção de textos mais firmes e críticos. Claro que ainda existem problemas em algumas editorias, mas que com tempo e prática serão solucionados. E isso deve ocorrer o mais depressa possível, para que o leitor do blog não seja prejudicado.

É necessário que a edição tome um maior cuidado para que os textos fiquem de acordo com uma só ortografia. Ou a antiga, ou a nova. Pois, existem divergências entre as novas regras gramaticais em algumas secções, além da falta de correção de palavras.

Os textos dessa edição foram bem escritos, contendo todas as informações que o leitor precisa para tirar suas próprias conclusões. Porém, ainda há problemas em algumas editorias, como em ‘jornal’, onde o texto “Sem justificativa ao leitor”, apresenta informações vagas sobre a remoção do editorial de “Polícia” no Jornal Diário dos Campos. Além também de não informar ao leitor se haverá algum espaço para a publicação das ocorrências policiais em outras editorias.

A secção de ‘turismo’ errou ao generalizar sobre “todo mundo” conhecer as belezas dos Campos Gerais. Outro ponto percebido em “Um paraíso para poucos” é a utilização de uma linguagem mais coloquial, se diferenciando das demais editorias. Em ‘TV’, o redator só informa ao leitor na parte do serviço que o programa analisado é de uma TV a cabo da região.

O ‘cinema’, ao comentar sobre o filme “O milagre de Anne Sullivan”, merece destaque. A redatora traz para o público, visões que vão além da crítica do filme, acrescentando informações que enriquecem o texto. A secção analisa o longa-metragem de forma que o leitor crie curiosidade para vê-lo. As fotos utilizadas para ilustrar o texto têm grande caráter informativo e complementam as informações da crítica.

Já a secção de ‘teatro’ foi feliz em ressaltar a falta de apoio e de público para os eventos teatrais e literários de Ponta Grossa. Além de expor que os jornais da cidade, que deveriam comunicar e convidar a população a esses eventos, não estão cumprindo seu papel de comunicador.

Os temas analisados deixam claro que a região dos Campos Gerais dispõe de diversos atrativos culturais. É preciso que a turma continue acompanhando os calendários culturais de perto, mantendo o leitor sempre atualizado.

Carla Yarin

3 de abril de 2009

Teatro e leitura: nova abordagem



O incentivo à leitura é um tema muito abordado nas produções teatrais. Porém, um dos grandes problemas é submeter a arte do teatro a uma forma simplesmente pedagógica. O grupo de teatro gaúcho Mototóti foge à regra, com o espetáculo de rua 'O Vendedor de Palavras', apresentado em Ponta Grossa no último dia 28, às 11 horas, na praça Barão do Rio Branco, no centro da cidade.



O grupo conta a história de Milho, um garoto amante dos livros que sonha com o dia em que as pessoas leriam por vontade própria. Os atores prezam por fazer um bom espetáculo de teatro, principalmente dinâmico e que não canse o espectador, utilizando também da música. Com figurino versátil que possibilitava trocas rápidas de roupa durante a apresentação e um cenário que interagia com os atores, todos que passavam pela praça no momento certamente se sentiram atraídos pelo espetáculo.

Entretanto, se houvesse divulgação, o público poderia ser maior. Algumas escolas municipais foram informadas sobre a apresentação. A grande massa da população, entretanto, se teve acesso, foi por duas notas nos jornais diários da cidade que não chegaram a 40 palavras.



Em uma cidade onde a Invasão Poética, evento realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa, passa quase despercebida; onde lançamentos de livros contam com a presença das mesmas pessoas, 'O Vendedor de Palavras' era uma ótima oportunidade para os cidadãos ponta-grossenses aprenderem a gostar de ler.

Gabriel Sartini



Serviços:

Onde: Praça Barão do Rio Branco

Quando: dia 28 de março, 11 horas

Entrada Franca

Duração: 50 minutos

Atuação: Carlos Alexandre e Fernanda Beppler

Direção: Arlete Cunha

Dramaturgia: Rodrigo Monteiro

Baseado na crônica homônima de Fábio Reynol, 'O Vendedor de Palavras'

Figurino: Coca Serpa

Cenário: Grupo Mototóti e Zoé Degani

Fotos: Daniel Petroski

Um paraíso para poucos



Todo mundo sabe que os Campos Gerais são privilegiados pela sua geografia peculiar. Dona de arenitos, crateras e cachoeiras conhecidas em todo o país. Embora alguns desses pontos turísticos sejam muito bem cuidados, outros parecem ter caído no esquecimento. É o caso das Furnas Gêmeas – imensas crateras com uma vasta vegetação no seu interior.


Talvez a parte mais difícil que envolve as Furnas, seja encontrá-las. Se você não for com um guia ou alguém que conheça o lugar, esqueça. Não existe nenhuma sinalização sobre a entrada ou o caminho a ser tomado. Somente quem conhece o lugar sabe qual é a trilha que deve ser tomada.

Outro problema é que o local não oferece uma infra-estrutura mínima aos turistas. Não tem banheiros, mesas ou mesmo lixeira. Assim, é possível encontrar lixo em toda a trilha que leva as furnas. Não existe segurança também. É necessário muito cuidado para não cair dentro de alguma cratera ou até mesmo para não ser assaltado.


O visitante pode descer a pé dentro de uma das furnas (na outra só através de rapel) e se aventurar no seu clima úmido e vegetação farta. A dica fica para os aventureiros que podem escalar por uma abertura no paredão de rocha, porém é recomendável o acompanhamento de um guia ou de alguém que conheça bem o local para que acidentes sejam evitados.

As Furnas Gêmeas tem todos os requisitos para se tornar um dos pontos turísticos mais atrativos de Ponta Grossa. O que falta é a iniciativa da prefeitura municipal para atrair o público.

Maria Fernanda Lievore


Serviço:

O acesso ao local se dá pela Rodovia do Talco. No Km 18,6, a partir do Campus Uvaranas da UEPG, logo após o vilarejo do Passo do Pupo, deve-se virar à direita numa estrada não pavimentada. Deve-se percorrer mais 700 m até onde está o acesso às Furnas Gêmeas, que se faz por meio de um “mata burro” localizado próximo à cerca da propriedade.

Fotos: Cleber Facchi

Correndo atrás de bom preparo


Aos moldes de programas como o CQC (Custe o que Custar) da Band e o Pânico na TV da Rede Record, o ‘Correndo Atrás’, exibido às terças-feiras na TV Vila Velha, é apresentado por Fábio Barboza Taques, Renan Elias Mendes e Thiago Barbosa Taques. O programa propõe a apresentação de questões em debate na esfera pública ponta-grossense, sob uma perspectiva humorística.




A iniciativa é interessante, pois atualmente esse gênero informativo se mostra muito popular no país. O programa é também um meio eficaz de discutir temas sociais com um público jovem. No entanto, algumas deficiências técnicas do ‘Correndo Atrás’ não permitem a dinâmica plena do gênero proposto.

O roteiro ignora questões pontuais e ousadas que os programas do gênero costumam fazer, o que torna a abordagem dos temas superficial, como aconteceu no programa do dia 24 de março. A matéria sobre o desvio de dinheiro ocorrido na Câmara se limitou a duas questões: “O que você acha do roubo da câmara?” e “O que você faria com 2,3 milhões?”.




O ‘Correndo Atrás’ apresenta problemas de áudio também. No quadro “Re-criação de cenas” o som é abafado e mal equalizado. O volume, mesmo nas matérias, é oscilante. Contudo, ao contrário do roteiro superficial, o problema de som não compromete o programa. Não adianta correr atrás sem um bom preparo físico.

Thiago Copla


Serviço:

TV Vila Velha – Canal 16
Horário: 22:30h
Dia: terça-feira

Apresentado por: Fábio Barboza Taques, Renan Elias Mendes e Thiago Barbosa Taques



Sem justificativa ao leitor


Ao produzir um texto, o jornalista deve atentar para diversos compromissos aprendidos durante a escola de Jornalismo. Tais como: clareza, objetividade, neutralidade e apuração. Mas, o compromisso com o leitor vai além.

O público, acostumado com o design do impresso, busca o editorial de seu interesse onde está habituado, pois a empresa, ao produzir a diagramação de seu jornal, cria um padrão de localização de seus editoriais. Em caso de mudanças, é responsabilidade do jornal avisar ao leitor sobre as alterações.




Recentemente, o jornal pontagrossense Diário dos Campos, retirou o editorial “Polícia” de suas páginas. Assim, sem nenhuma explicação ao leitor, a editoria “Geral” passou a ocupar o espaço da página A6 ou A7 antes destinada às ocorrências policiais. Em consequência, agora a editoria de “Esporte” recebe duas página.

Até a edição de 29 de março, o editorial de responsabilidade de Mário Martins era parte integrante do jornal. A partir de então, o editorial foi retirado sem a preocupação de avisar o leitor ou substituir o jornalista.




Quando procurado, o chefe de redação do Jornal Diários dos Campos, Neomil Macedo, afirmou que era irrelevante avisar que o padrão do jornal seria modificado devido às férias do jornalista de “Polícia”.

Cláudia Alenkire

Serviço:

Jornal Diário dos Campos, edições de 29 de março à 2 de abril de 2009.

http://www.diariodoscampos.com.br/


Rádio tem produção própria de noticiário


O programa Repórter Cidade, que compõe a programação da Rádio Sant'Ana AM 900 kHz, que completou três anos de jornalismo pontagrossense no dia 27 de março de 2009, é apresentado de segunda-feira a sábado, das 7:00 às 8:30 da manhã, pelos jornalistas Alexandre Costa, Paulo Silva e Vitor Hugo Gonçalves.

O informativo se destaca em relação às programações jornalísticas de outras rádios locais por produzir as matérias através de apurações feitas por sua equipe de jornalismo, ao invés de apresentar recortes (matérias extraídas) de jornais impressos e portais de notícia.




O formato de programação favorece os receptores, pois a apuração é feita pelo repórter que terá acesso direto ao fato, proporcionando outras abordagens. Com a produção própria da rádio os ouvintes recebem a informação diferente das outras emissoras, como a Jovem Pan FM e a Rádio Clube Pontagrossense AM, que apresentam pontos de vista similares aos dos veículos das outras mídias de onde tiram os recortes.




Além do diferencial de contar com produção própria da equipe jornalística, outro atrativo do programa é a participação e a interação do público ouvinte. A população pode ligar para fazer denúncias de irregularidades e também servir de fonte noticiosa, participando das reportagens.

No restante, o Repórter Cidade segue a mesma linha dos informativos das outras rádios, fornecendo, além do noticiário, informações sobre meteorologia, trânsito, cotações e horário.

Milena Rezende


Serviço:

Rádio Sant'Ana AM 900 kHz

Segunda-feira a sábado

Horário: 7:00 às 8:30

(42) 3028-0028

Site: http://www.radiosantana.com.br/


Fotos: Gisele Manjurma


‘Tela’ mostrou Hellen Keller


O projeto Tela Alternativa exibiu o filme ‘O milagre de Anne Sullivan’ no dia 31/03. A história retratada mostra o desafio de Anne Sullivan em educar Hellen Keller, que, devido a uma doença, nos primeiros meses de vida ficou cega, surda, e, consequentemente, muda.

O longa é um drama-biográfico baseado na vida real das personagens principais, no qual o diretor realiza uma análise comportamental. O fato de Hellen Keller ter superado os obstáculos impostos pela deficiência e se tornado escritora, filósofa e conferencista não é abordado no filme.



Em 1902, Hellen lançou-se como escritora com a autobiografia ‘A História da Minha Vida’, na qual o roteirista William Gibson inspirou-se para a realização de uma peça teatral, que mais tarde viraria roteiro do filme de Arthur Penn.

As cenas de ‘O milagre de Anne Sullivan’ transmitem ao espectador o cansaço de Anne e Hellen. Sullivan tenta disciplinar Hellen. Já Keller tem dificuldade em se adaptar à Anne.




A trama, apesar de antiga (1962), aborda questões universais do comportamento humano, o que confere ao filme certa atemporalidade. O momento em que Hellen compreende o significado das palavras e as liga aos objetos pode ser expresso por uma frase de sua própria autoria: “As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente”.

Isadora Camargo

Serviços

O filme foi exibido no dia 31/03/2009, às 19:30h

O projeto Tela Alternativa exibe filmes não comerciais, toda terça-feira, no Cine Teatro Ópera. O teatro localiza-se na região central de Ponta Grossa, na Rua XV de Novembro, n° 458

Coordenador do projeto Tela Alternativa: Antônio João Teixeira

Créditos da foto do Cine Teatro Ópera: Cintia Amaro