5 de junho de 2010

Mais de Pop Rock



O cenário musical pontagrossense é bem abrangente e inclui bandas de diferentes estilos. É neste contexto se insere a Mr.Jones. O grupo é composto por três membros: o vocalista e guitarrista Paulo Fernandes, o guitarrista Bruno Fernandes, o baixista Cesar Iemsen e o baterista Ricardo Matioda. O pop rock nacional é o estilo predominante no repertório da banda.



A Mr.Jones opta por músicas famosas de bandas nacionais como Jota Quest, Maskavo, Paralamas do Sucesso, entre outras. Há, porém, alguma presença de música internacional com o punk rock dos Ramones. Aparentemente, a banda pontagrossense escolhe as músicas que fizeram sucesso durante os anos 1990, talvez por serem mais conhecidas pelo público, o que acaba tornando-a um pouco clichê e batida. Apesar disso, os integrantes obtêm sucesso nas apresentações e agradam, já que tocam bem e têm harmonia entre os instrumentos. E, mesmo as canções sendo conhecidas, as pessoas acabam gostando.
A banda se apresentou na Festa da Resistência, organizada pelos alunos de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, na quarta-feira, dia 26/05, os ingressos foram vendidos a cinco reais. O grupo tocou o mesmo repertório conhecido e agradou o público. Os shows da Mr. Jones acontecem, geralmente, no Cine Rock Lounge Bar, em Ponta Grossa.

Janaina Lellis


Serviço

Banda: Mr. Jones

Local: Cine Rock Lounge Bar (Av. München – Centro de Ponta Grossa/PR)

Ingressos: 5 reais

4 de junho de 2010

Ponta Grossa e Paraná, só na previsão do tempo da Globo



Que Ponta Grossa não possui um espaço razoável no jornal ‘Paraná TV’, da RPCTV (Rede Paranaense de Comunicação) – filiada a Rede Globo –, isso todo mundo sabe. São apenas 15 minutos de produção local inseridos nas duas edições do telejornal, uma ao meio dia e outra às 19h horas. Mas quem conferiu a palestra do produtor de telejornalismo da RPCTV/Curitiba, Dirk Lopes, na VII Semana de Integração da Resistência – promovida pelo curso de Jornalismo da UEPG, entre os dias 24 e 28 de maio/10 – pode ver que a situação é pior do que a imaginada.



Ao longo da palestra, Dirk Lopes relatou a rotina de produção da parte de jornalismo da filial, contou casos, falou sobre reportagens. Tudo o que jornalistas gostariam de saber. Mas algo que ele disse vai além do interesse de jornalistas. Na ocasião, Dirk relatou a “negociação” com a central da Rede Globo de Jornalismo, no Rio de Janeiro, para que uma notícia do Paraná entrasse no noticiário nacional.
Bem, se Curitiba tem que “negociar” para que uma matéria regional entre em cadeia nacional, o que se pode esperar para Ponta Grossa? Seria mais atraente para os paranaenses ver notícias com um cenário do estado, com discursos de paranaenses, histórias daqui. E isto não seria mero regionalismo: política, economia, cultura, violência não tem só em São Paulo e Rio de Janeiro. Paraná também faz parte do País.



Todavia, o “regionalismo” poderia começar por aqui. Já seria um bom começo mais do que 15 minutos por dia no ‘Paraná TV’. Quando Ponta Grossa deixar de aparecer só na previsão do tempo do telejornal, a sociedade princesina talvez tenha uma maior identificação com o noticiário. A preocupação deveria servir para o RPCTV e a “Central (RJ e SP) de Jornalismo” da Globo.

Leonardo Barretta

Serviço:
Paraná TV – produzido em Curitiba/PR
TV Esplanada/Rede Paranaense de Comunicação (RPC)/Rede Globo de Comunicação
Primeira edição: 12:00h
Segunda edição 19:00h

A Central Globo de Jornalismo (CGJ) está localizada no Rio de Janeiro/RJ.

1 de junho de 2010

Filme choca com estética e impressiona com enredo

“Preparem o olhar”, disse o diretor do projeto Cine Arte, em relação ao “anti-filme” que iria começar. “Signo do Caos”, foi produzido pelo diretor Rogério Sganzerla e ocupou sete, das onze fileiras do auditório B do Cine Teatro Ópera. O longa causa choque de estética com o que estamos acostumados, já que a primeira parte é em preto e branco e o restante, colorido.

Esse contraste impressiona em um primeiro momento, mas depois fica claro o que o diretor pretende. A primeira parte mostra a existência de censura no Brasil, a respeito, principalmente, do modelo de filmes feitos no país. As cenas são monótonas e com pouco nexo. A parte colorida mostra que o que se queria vender no Brasil não era brasileiro e sim, europeu, representando mais uma crítica ao modo nacional de se fazer cinema. “O Brasil não produz filmes, assim como não produz cerejas”. No geral, a liberdade é a temática do filme, e sua falta é análoga a censura.

O filme possui uma característica marcante, que foi escolha intencional do diretor. O som da fala dos personagens vai para um lado e a imagem para outro, as vozes se sobrepõem e é difícil entender quem está falando, fazendo analogia ao atraso de se fazer cinema no Brasil. Somente em alguns momentos aparece trilha sonora, o que talvez deixe o filme um tanto monótono e claustrofóbico. A única cena aberta do longa é a final, que transfere uma sensação de alívio, mas parece não se encaixar na história. Algumas cenas se repetem e um jogo de sombras é constante, criando uma idéia de confusão, que remete ao título do filme. A exibição pareceu cansativa, já que algumas pessoas deixaram a sala de cinema nos primeiros 30 minutos de filme.

Loise Clemente

SERVIÇO
Atividade: Projeto Cine-Arte – Exibição do Filme “O Signo do Caos”
Direção: Rogério Sganzerla - 2003- 82min. Brasil
Promoção: JM NEWS e SMCT
Local: Cine-Teatro Ópera – Auditório B
22/05/2010 ás 17h
Entrada Franca
Classificação: 14 Anos

Upground no Pub

Conhecido como ponto de encontro dos adeptos do Rock ‘N’ Roll, da cidade de Ponta Grossa, o bar era abrigo de um público que procurava compartilhar interesses e ouvir vertentes do rock e do metal. Mas no ano passado, o Pub Underground deixou de ser “underground” e se tornou abrigo de outro público. Os freqüentadores continuam a vestir preto mas, ao invés de estampas de bandas, destaca-se o símbolo do “timão” (Corinthians paulista).

Desde outubro de 2009, o Pub é a sede oficial da 'Fiel PG', torcida do Sport Club Corinthians Paulista (S.C.C.P) em Ponta Grossa. Nos dias de jogo, um telão é instalado em uma das paredes do bar e os torcedores, acompanhados de bateria, vibram e cantam a cada chute dado na bola. O público é sempre o mesmo: torcedores filiados à torcida e pessoas que gostam de assistir aos jogos, ouvindo o grito dos corintianos.

O local está em reforma há mais de um ano, a fachada foi recém pintada de amarelo e marrom, mas o interior continua roxo, antiga cor das paredes do bar. O espaço é pequeno e com poucas mesas, contando com uma antiga mesa de sinuca e três banheiros, que também estão em reforma.

Apesar das mudanças, o Pub continua a oferecer shows de rock, mas com menor freqüência que em outros tempos. O estabelecimento mudou de público alvo depois de ter perdido a maioria de seus fregueses para outros dois bares recentes na cidade. Mudar de público foi a solução encontrada por Claudião, administrador da Casa, para pagar as contas do bar. A previsão do término das reformas no estabelecimento é para o final de 2010.

Jessica Bahls




Serviço:

PUB UNDERGORUND

Endereço: Rua Xavier de Silva, 548, Centro.

Horário de Atendimento: Segunda a Sábado das 18h às 4h.

Entrada: R$10,00 para assistir aos jogos, livre nos outros dias.

30 de maio de 2010

Falta crítica de teatro nos jornais (regionais)

Quando os jornais locais (editados em Ponta Grossa/PR) dão algum espaço para as críticas de teatro é simplesmente para contextualizar em apenas algumas linhas a apresentação teatral e recolher informações sobre os atores principais do grupo. O primeiro ator que aparece em cena, habitualmente, é elogiado, segundo a lógica de mercado contemporânea, pois se trata da principal estrela e significa os investimentos da publicidade do grupo cultural e seus patrocinadores.

Ponta Grossa, uma cidade de médio porte, não tendo muitas apresentações e manifestações culturais, tem o espaço para a crítica nos jornais pequena, chegando quase a zero.

A falta de crítica de teatro não atinge apenas cidades pequenas, mas todo o país. Os Jornais que dizer ter circulação nacional pecam ao tratar grandes manifestações culturais internacionais igualmente como tratam as pequenas peças artísticas nacionais.

Outro motivo para a falta de crítica é a ausência de críticos que apreciam peças teatrais de todos os gostos. Para isso, a crítica não deve deixar resumir apenas um crítico para cada jornal, e sim se basear também no gosto do público que assiste a peça, prestando atenção em cada olhar das pessoas que prestigiam o trabalho artístico, embora nem sempre identifiquem problemas técnicos de palco ou iluminação. Apenas vê o que lhe agrada.

A crítica deve ser vista com um olhar diferente, e nunca pejorativo, e a resposta pode estar no próprio público que assiste a dramaturgia. A falta de espaço em jornais dificulta tais percepções (críticas).

Luan Azevedo


Serviços:

Fotos: imagem 1 retirada de: acesso em:26 de maio de 2010.

Imagem 2 retirada de: < www.radames.manosso.nom.br/ambiental/> acesso em:26 de maio de 2010.

'Rádio Resistência, a rádio que você vê'

Depois de uma manhã de palestras da VII Semana da Integração da Resistência, como forma de socialização, os alunos de todos os anos da graduação de Jornalismo da UEPG se dividem na apresentação e nas entrevistas da Rádio Resistência. As apresentações (radiofônicas) acontecem em todos os eventos do curso e em ocasiões extraordinárias, como o protesto em defesa ao diploma para exercer a profissão de jornalista. A rádio, que é móvel, tem atrações culturais e conta com a participação do público, como no tradicional quadro “Te pego no susto”, deixando muitos dos estudantes em situações embaraçosas.

É uma oportunidade dos alunos colocarem em prática os conhecimentos adquiridos nas disciplinas ministradas em sala de aula e, através do 'microfone aberto', todos os envolvidos podem expor suas opiniões. A Rádio é viciada nas apresentações culturais, faltando pluralidade e diversidade nas atrações. Músicos que tocam as mesmas músicas, o repertório escolhido pela Rádio é sempre o mesmo. Quem participa dos eventos, de alguma forma, fica cansado de sempre ouvir as mesmas coisas.

Além dos problemas de programação, ela é marcada pelas limitações físicas e tecnológicas. Microfones que não funcionam direito, gerando microfonia, caixas de som em condições nada favoráveis e a falta de equipamento e estrutura para quem se apresenta. Os músicos têm de trazer seus microfones, caixas de som, pedestais e estante.

Apesar dessas dificuldades, a Rádio Resistência não deixa de ser uma rica contribuição ao conhecimento pessoal e profissional e deixa uma lição de como um profissional domina os improvisos e os desafios de se fazer um programa ao vivo.

Letícia Cabral


Serviço:

Acontece nas Semanas de Integração da Resistência e nas Semanas de Estudos em Comunição, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Horário: depois das palestras, geralmente ao meio-dia

Apresentação: alunos do Curso de Jornalismo da UEPG

Fotos: Thiago Terada