18 de setembro de 2009

Projeto "Cultura ao Meio-dia" debate a década de 70 no Campus Central da UEPG

Mesmo com a breve chuva da hora do almoço, músicos, artistas plásticos, jornalistas, acadêmicos, docentes e funcionários da UEPG participaram de mais um "Cultura ao Meio-dia". O projeto, que acontece toda sexta-feira no Bloco C do Campus Central da UEPG, abordou na edição de hoje a música e o Jornalismo da década de 70. Os músicos Raynner e Joãozinho apresentaram as canções de grandes nomes como Roberto Carlos, Belchior e Tim Maia e, entre uma música e outra, a plateia participava discutindo conceitos e a produção cultural que remetem a época.



Simultânea as apresentações e discussões, os artistas plásticos Edinaldo de Paula, Antônio Nildo e Murilo Soares pintaram um grande painel com temas musicais e a emblemática: “é proibido proibir”. Os acadêmicos do curso de jornalismo Cleber Facchi, Gabriel Carven, Liandra Cordeiro, Derek Kubaski, Isadora Camargo e Gisele Barão e os jornalistas Rafael Schoenherr, Cíntia Xavier e Ben Hur Demeneck comentaram a produção cultural da época.

“A década de 70 foi importante em diversos aspectos. Desde o cinema alternativo, como os filmes do Zé do Caixão, até a música romântica de Wando e Odair José. Debater esses aspectos nos incumbe a entender um pouco mais sobre a nossa cultura", revela o Cleber Facchi. Já Isadora Camargo conta que ficou emocionada ao relembrar as histórias e fatos da época. “O fato de falar sobre uma década muito forte no País elucida nas pessoas uma nostalgia do espírito militante presente nos anos 70. As cartas de Henfil são um exemplo desse espírito que foi relembrado nas discussões no evento hoje”, diz.



A próxima edição, antes prevista para o próximo dia 25, foi adiada para 2 de outubro, em função de um concurso público nas dependências do campus central da Universidade.

O projeto

O "Cultura ao Meio-dia" é promovido pelo Departamento de Comunicação/Agência de Jornalismo e SESC PG, com apoio de outras entidades como o Centro Acadêmico João do Rio (CAJOR), Coletivo de Leitores e Blog Crítica de Ponta. A ideia surgiu durante a Semana de Integração da Resistência, realizada em maio/09, pelo CAJOR, na tentativa de usar um espaço que não tem atividade programada na UEPG e muitos estudantes, docentes e servidores ficam sem opção cultural e de lazer durante o intervalo do almoço. O Projeto acontece das 12 às 13:30h, no pátio do Bloco C do Campus Central da UEPG. Outras Informações: Agência de Jornalismo (42) 3220 3361 – agenciadejornalismo@uepg.br.

13 de setembro de 2009

Exagerando na dose de descrição

Através do ‘Crítica de Ponta’, os estudantes do segundo ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa têm a oportunidade de treinar e apurar o seu olhar crítico sobre os produtos midiáticos da região dos Campos Gerais. Porém, novamente o excesso de descrição aparece em algumas editorias do blog.

Pautando o gari que recentemente lançou um livro de poesias, ‘Livro Aberto’ mostra para o leitor as dificuldades por quais passou Marcelo Vieira, o conteúdo de seu livro e como adquirir a publicação do gari poeta; porém, em nenhum momento há uma crítica à obra. Por mais interessante que seja a vida do trabalhador, o leitor espera um posicionamento do crítico perante as poesias, o que não acontece. Na mesma seção, o texto apresenta trechos redundantes em “Quantas pessoas tem um sonho de realizar algo que deseja?” e “O livro é um produto independente, produzido pelo próprio autor.” Em outras passagens do mesmo texto não há coerência em construções frasais como: “conquistou realizou um plano de muitos anos” e “Para tirar executar o projeto”. A mesma linha segue a crítica ‘Um desenho (de cinema) diferente’, na qual o centro da crítica surge apenas no último parágrafo.

Por outro lado, a descrição não pode ser descartada na editoria ‘Outros Giros’, o início do texto contendo a definição do local e suas características trazem o leitor para mais perto do local criticado. Em ‘Back in Black... and white’, a descrição é um elemento importante de contextualização do Cine Rock. O processo contrário acontece em ‘Resumão de informações na TVE’, onde a autora opta por começar a crítica do programa logo nas primeiras linhas do texto. Duas formas opostas de texto, mas que se encaixaram bem em suas respectivas editorias.

Destacam-se na semana a seção ‘Vitrola’, com uma crítica bem estruturada e um texto atrativo para o leitor, em que coube também a explicação dos estilos musicais citados logo no início do texto e a pauta de ‘Em Cena’, que mais uma vez se depara com a falta de produções teatrais na região, inclusive, bem colocada a afirmação “É fato que Ponta Grossa não é uma cidade com grande oferta de peças de teatro”, afinal, o próprio ‘Crítica de Ponta’ já abordou em uma de suas críticas a falta de peças teatrais.

Felipe Liedmann