27 de março de 2010

Uma rádio que busca representar a tradição

A Rádio Castro é uma emissora que se propaga em toda região dos Campos Gerais do Paraná com difusão AM. Por ser uma cidade do interior e com atividade agropecuária expressiva, predomina na emissora o estilo musical sertanejo. Tanto que dos 12 programas semanais, seis são sertanejos, um noticiário policial, um de esportes, três de variedades e um de atendimento ao ouvinte.

Para evidenciar a importância que a emissora atribui à tradição agropecuária do município, um dos programas sertanejos é produzido com noticiário agrícola, onde são apresentadas notícias relacionadas a economia do campo e músicas da temática... sertaneja.

O noticiário local, “Repórter Policial”, que é transmitido de segunda à sexta, das 12 às 13:30h, informa os ouvintes sobre os acontecimentos da cidade e usa uma linguagem coloquial, visando atrair todas as classes sociais. O conteúdo do programa, em certos momentos, é inapropriado para o horário que vai ao ar.

Entre as músicas mais pedidas predomina o estilo sertanejo. Os ouvintes têm participação ativa não só durante os programas, fazendo ligações telefônicas, mas também no site da Rádio Castro, já que o mesmo abre espaço para pedidos de músicas, reclamações e sugestões.

Carla Onaga

Serviço: Rádio Castro Am 1.130 Khz
http://www.radiocastro.com.br/


Uma Máfia à solta em PG

De uma banda punk-rock ‘falida’ surgiu a Dr. Skrotones e a Máfia do Ska, composta por nove integrantes que apostam na inovação do ritmo SKA em Ponta Grossa. Não se trata do SKA original, esta é a vertente jamaicana que deu origem ao reggae. Com quase dois anos de história, mistura a segunda onda do som jamaicano com o punk inglês. O que parece impossível, mas está sendo estudado, é a ideia de dar um toque de samba de raiz brasileiro. O vocalista Luis Fernando Schmidt, conhecido como Juninho, define como um estilo “energético, de diversão e protesto”. Para o ouvinte pontagrossense, não familiarizado com um rock acompanhado de saxofone, trompete e trambone, o som parece um pouco desconcertante e um bocado diferente. Versões do rock nacional e internacional são imaginadas de forma mais lenta e/ou mais rápida, sempre levando o público a dançar.

O grupo já fez quatro shows na cidade, com público vibrante nas diferentes situações. O mais difícil era encontrar gente que tocasse ‘metal’, o que remete aos instrumentos de sopro, e isto eles têm. Mesmo em Curitiba é difícil achar quem toque e queira se juntar ao estilo. Larissa, única presença feminina da banda, dá um charme especial entre os tantos ternos e gravatas que tocam na noite. Há projetos de gravação de CD e mais shows pela frente. A ideia é tocar no Cine Rock às quartas-feira. Já contam com cinco composições.

Bruna Bronoski

26 de março de 2010

Um tropeirismo nada convencional nos Campos Gerais

Porcadeiros... uma história que narra a vida de heróis do campo. O livro de Arnoldo Monteiro Bach, escritor palmeirense, retrata um tropeirismo pouco conhecido: o 'transporte' de porcos pelos campos do Paraná.

O livro mostra histórias de vida de tropeiros que ficavam meses longe de casa, em viagens marcadas principalmente pela paciência. Paciência de tropeiros que queriam trazer dinheiro para suas famílias, através de tropeadas que reuniam milhares de porcos.

O autor retrata em seu livro a importância do tropeirismo de porcos para a história do Paraná, pois graças a essas tropeadas muitas cidades foram construídas, como é o caso de Pato Branco.

A história trata de pessoas anônimas, que sequer conheceram a cidade, apenas os campos paranaenses e milhares de porcos. Pessoas humildes que nem imaginavam que seu ganha-pão um dia transformasse a economia e a história de um Estado que até então só conhecia o tropeirismo de gado.

Não é a primeira vez que o autor busca recontar a história paranaense. Em seus outros livros: “Carroções”, “Vapores”, “Trens” e “Alemães do Volga no Pugas”, Arnoldo Bach traz mais relatos sobre a colonização do Paraná e de gente que, através de suor e sangue, ajudou a construir a história do Estado.

Kyene Becker

Serviço:
“Porcadeiros”, BACH, Arnoldo Monteiro. 488 páginas. Gráfica Editora Palloti.
Preço: R$ 15,00

Agenda Cultural:

26 de março – sexta-feira
*Teatro de Bonecos “Zabelê, Caxinguelê e Romance Perfumado”- Cia Fantokids (inserida na programação da Semana de Teatro e Circo)
Local: Teatro Pax - Rua Dr. Antônio Russo, 28 – Oficinas
Horário: 14h
Classificação: Livre – dirigida às escolas

*Lançamento da 2ª Edição do Livro “ Ramalhetes Princesinos” de autoria da escritora Sônia
Ditzel Martelo (inserida no Projeto “Poesia de Ponta”)
Local: Centro de Cultura Cidade de Pont Grossa
Horário: 20h
Ingresso: Entrada Franca

27 de março – sábado
*Festival Musical – UEPG Mix
Local: Centro de Convivência Campus Uvaranas
Horário: 10h – 20h

*Espetáculo de Dança “Páscoa Solidária”- com Grupos e Academias de Dança de Ponta Grossa - Atividade Beneficente de Páscoa em prol da Entidade Assistencial “ Esperança- Cidade dos Meninos”
Local: Cine-Teatro Ópera- Auditório A
Horário: 20h
Ingresso: uma caixa de bombom

*Oficina de Documentários (inserido no Projeto “Poesia de Ponta a Ponta”)
Local: UEPG – Campus Central – Sala B 206
Inscrições gratuitas no blog periferiadepontaaponta.blogspot.com

28 de março – domingo
*Projeto REC- Rede Estadual de Cinema- Exibição do Filme “ High School Musical 3- Ano de Formatura”
Local: Cine-Teatro Ópera- Auditório A
Horário: 15h
Ingresso: Entrada Franca

*Início das Oficinas de Circo - Malabares iniciante, acrobacias de solo (diversos níveis), tecido acrobático, contorcionismo, entre outros.
Local: Sesc
Horário: 13h e 30 às 17h
Ingresso: gratuito – Inscrições no Centro de Cultura, pelo telefone 3901-1588, com Alfredo

29 de março – segunda-feira
*Espetáculo “DEPOIS DESSE DIA”- Trupe Circo Ático
Local: Cine-Teatro Ópera- Auditório A
Horário: 14h - Atividade dirigida às escolas/20h- Para o público em geral
Ingressos: Entrada Franca

*Sessão Pública de Tombamento- Conselho Municipal do Patrimônio Cultural
Local: Cine-Teatro Ópera- Auditório A
Horário: 19h

31 de março – quarta-feira
*Último dia da Exposição Temática “Mulheres”
Local: Galeria João Pilarski, Centro de Cultura
Horário: 13h às 18h
Ingressos: Entrada Franca

1 de abril – quinta-feira
*Último dia da exposição “Valorizando Talentos”
Local: Galeria do Capitólio Vest & Art – Rua Paula Xavier, 290 – esquina com Balduíno Taques
Horário: das 10h e 30 às 18h e 30
Ingressos: Entrada Franca

Samara Machado

25 de março de 2010

É errando que se aprende.

Para quem ainda não sabe, este ano os jornalistas do Crítica de Ponta mudaram, e esta é a primeira vez em que os alunos do novo segundo ano participam do blog. Sob essa óptica, todas as editorias estão de parabéns por seus primeiros trabalhos. Poucos erros são evidentes, mas alguns detalhes, se observados mais atentamente, poderiam ter gerado um melhor trabalho.

Na editoria ‘Projetor’, privilegiar um filme que está fora do circuito de cinema tradicional e é no caso relativamente antigo foi uma escolha muito interessante. No entanto, para uma melhor abordagem, a autora deveria ter descrito menos a sinopse, e utilizado da crítica aos recursos cinematográficos do longa. O resumo feito é tão desnecessariamente completo que estraga o (twist) final do filme, que apesar de não ser lançamento muitas pessoas não o viram.

Na editoria sobre mídia impressa o texto sobre a pluralidade dos jornais locais oferece logo de cara uma boa contextualização para os leitores e segue explicando com um forte caráter critico. Outro bom exemplo de recurso no texto foi utilizado na editoria Livro Aberto, a autora fez um bom trabalho exemplificando seu texto com as expressões do próprio livro em questão; embora tenha faltado uma melhor estruturalização nos últimos parágrafos.

Sobre banda, a autora poderia falar mais sobre a música da banda, e não somente sobre sua história. E ainda faltou um pouco de consideração a todos os tipos de leitores que podem não entender de estilos de rock n’roll, e, portanto, não entender o que é rock presidencial.

Mayara Sonchini

24 de março de 2010

Um pedaço do Egito nos Campos Gerais

Quem nunca sonhou em conhecer as imponentes pirâmides do Egito, ou teve curiosidade em ver de perto uma múmia, datada em milhares de anos? Em Ponta Grossa, no bairro de Oficinas, há a possibilidade de um contato com o mundo egípcio. Inaugurado em 11 de abril de 2001, o “Museu de Arqueologia” transporta o visitante a um passeio pela cultura, berço da civilização humana. Criado pelo arqueólogo Prof. Moacir Santos, o museu conta com um acervo de mais de 600 peças. Majoritariamente é composto por réplicas e fac-símiles, que são reproduções exatas dos objetos originais, moldados a partir dos mesmos. Mas também há artefatos originais, como uma máscara de múmia do século 2 a.C..



Atualmente acontece a II Exposição Permanente, com o tema: “Egito Antigo Vida e Imortalidade”. São duas salas em que o visitante encontra desde objetos usados em situações do cotidiano, bem como até em cerimônias fúnebres. A iluminação do ambiente e a boa disposição dos artefatos criam a sensação de estar em um grande museu, apesar de suas dimensões reduzidas. O trabalho é bancado exclusivamente pelo Prof. Moacir, sem nenhum auxílio governamental. É ele quem fabrica as peças, que muitas vezes levam meses para ficarem prontas. Dona Élia Auer, mãe do professor, é a curadora da exposição. É ela quem apresenta, orgulhosa, a realização de um dos sonhos do filho.



Apesar da pouca divulgação e da falta de sinalização, o museu recebe visitantes de diferentes partes do Paraná e Brasil, principalmente de escolas da cidade e da região. Mesmo ficando um pouco afastado do centro da cidade, é de fácil acesso.

Giancarlo Biagini

Serviço: Museu de Arqueologia, Rua José Joaquim da Maia, 154 - Oficinas. Visitas sob agendamento, (42) 3229-2109.
O Museu funciona de Terça à sexta-feira das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Sábado e domingo das 13h30 às 17h30. Ingresso: R$ 5 para visitantes e R$ 2,50 para estudantes.

23 de março de 2010

Um modelo a NÃO ser seguido



O programa 'RP2', que vai ao ar pela TV Vila Velha, do sistema a cabo de Ponta Grossa, é um dos exemplos do que há de mais sensacionalista na mídia dos Campos Gerais. Apresentado pelo 'repórter policial' Zeca, RP2 procura os acontecimentos que envolvem escândalos policiais, dando lado à violência geralmente explicita, além de outros assuntos tratados com uma linguagem exageradamente coloquial.
Não se sabe ao certo se o programa quer realmente ser levado a sério, pois trata os assuntos com parcialidade e, por vezes, não parece manter respeito com os indivíduos citados nas matérias.
No decorrer do programa, é notável a “mobilidade” com que o apresentador trata os temas pautados, passando uma impressão de que nada do que se fala está certo ou pré-estabelecido. Imagens de bêbados, ladrões, prostitutas e traficantes dividem a atenção com reportagens sobre os mais diversos tipos de acidentes. Quanto pior o acontecimento parece maior o esforço para registro e transmissão.
Ficam na tela os rastros de uma tentativa de jornalismo policial e investigativo, talvez distorcidos pela de audiência. O programa jornalístico fica, assim, comprometido por abordagens nem sempre, de fato, jornalísticas.
Lucas Nobuo Waricoda


Serviço:
Link com o programa RP2 do dia 06 de Março deste ano - http://jcpmix.blogspot.com/2010/02/programa-rp2-resumo-da-semana-27022010.html
Transmitido pela TV Vila Velha Canal 16 (TV cabo de Ponta Grossa/PR) - de segunda a sexta, das 18h às 20h e sábado, das 19h às 20h, com o resumo da semana.

Um Papo sobre Sexo na Terceira Idade

O grupo de teatro da Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) da UEPG, em sua aula inaugural, apresentou uma peça de forma irreverente sobre “O tal do ficar!”. Com o cenário simulando uma praça e apenas um diálogo entre duas senhoras da terceira idade, uma caipira e outra “moderninha”, o teatro faz alusão a uma prática em voga na sociedade contemporânea: sexo casual.
Apesar de quem sentou ao fundo do Grande Auditório da UEPG (que possui cerca de 450 lugares) ter encontrado dificuldade em escutar a peça, o teatro arrancou muitas risadas da plateia. As personagens Almarina, a “moderninha”, e Maria da Conceição, a caipira, conversam sobre os prós e contras do “tal do ficar” comparado ao relacionamento tradicional, ironizando crendices populares e a libertinagem. A conversa das 'comadres' serve tanto para o público jovem como para o idoso, pois satiriza a visão de relacionamentos amorosos de ambos, isso sem ofender, nem perder o humor.



O diálogo é original e em nenhum momento é apelativo. Durante a peça as outras personagens ao redor da dupla sentem-se curiosas com a conversa das amigas, o que reflete a preocupação da sociedade com o assunto. Apesar da falta de apoio e dos poucos recursos, as meninas da UATI interpretam com humor e satisfação. Segundo a autora da peça, Netinha Figueiredo, aluna da UATI, são as próprias atrizes que montam o cenário, fazem a maquiagem e o vestuário. “cada uma ajuda com o que tem”, diz.
A peça já foi apresentada também na Exposição de Talentos da Terceira Idade Ruth Cardoso, que aconteceu no dia 28 de outubro do ano passado, no Cine-Teatro Pax.

Marco Favero

Peça: Tal de ficar.
Diretora: Prof. Rafaela P. Remeira
Texto de Netinha Figueiredo.
Elenco: Netinha, Clotilde, Almerinda, Terezinha, Ilhane, Deli, Tereza – Todas Alunas da UATI e da Universidade Continuada Terceira Idade (UCTI).
Apresentado na Aula Inaugural da Universidade Aberta da Terceira Idade, Ponta Grossa/PR,

22 de março de 2010

Prosa boa: Tranquilidade na hora do almoço


O programa ‘T de Prosa’ se passa na ‘Fazenda do Riachão’. De segunda a sexta, Coronel Juvêncio e Dona Quitéria recebem e preparam um delicioso almoço para quem visita a fazenda. Quem comanda o programa é Marcílio Luiz. São recebidos convidados especiais, como cantores e especialistas das mais diversas áreas. Estes últimos abordam variados temas que vem de encontro aos interesses da população.
A sonoplastia emprega sons característicos de uma fazenda como cachorro latindo, passarinhos cantando e riachos, proporcionando aos ouvintes um ar de bucolismo. Os radialistas usam vocabulário coloquial com sotaque interiorano marcante, com presença de expressões típicas da região.
O programa expõe os mais diversos assuntos de uma maneira fácil de ser compreendida. Coronel Juvêncio e Dona Quitéria simplificam para os ouvintes os temas apresentados. Estes interferem na programação por meio de mensagens de texto com perguntas e comentários. As discussões e assuntos abordados são sempre atuais, o que proporciona uma grande assimilação e aproximação do ouvinte com a emissora.
O programa disputa audiência com o “Programa Padrão” da Rádio Mundi e o “Pânico” da Jovem Pan, que são vinculados no mesmo horário e tem formato semelhante.

Kevin Furtado
Serviço: T de Prosa
Diariamente às 12h00
Rádio T: 99,9 Mhz

Rock Presidencial nos Campos Gerais


Vinda do interior paranaense, onde predomina o estilo musical sertanejo, a 'Banda Nevilton' inova no cenário de rock alternativo. Entre as influências estão os Beatles, Los Hermanos, Pixies, Cake e Hellacopters, dentre outras. As músicas da 'Nevilton' chamam a atenção, não só do público da região Noroeste do Estado, seu local de origem, mas também do resto do país.
A trajetória iniciou em 2007, depois de uma viagem a Los Angeles, onde os integrantes se aperfeiçoaram na música. Em 2009, no seu primeiro show em Ponta Grossa, houve uma mudança na formação inicial e Chapolla (bateria) passou a integrar o grupo, já formado por 'Tom' (guitarra e vocal) e Tiago Lobão (vocal e baixo). Chapolla viajou com Tom e Lobão para, possivelmente, entrar de vez na banda. E esta é a formação da última apresentação da banda nos Campos Gerais.
'Nevilton' retornou em Ponta Grossa na última sexta-feira, dia 19, para divulgar o seu primeiro CD, “Pressuposto”, que já registrou, um mês depois de lançado virtualmente, 1600 downloads. A banda se apresentou no Cine Rock Lounge Bar. Os ingressos podiam ser comprados na hora por 7 reais. O rock presidencial de 'Nevilton' vem ganhando notoriedade e leva a música paranaense aos demais estados do Brasil, com vários shows marcados nas regiões sul, sudeste e nordeste.

Janaina Lellis

21 de março de 2010

Holandês escreve peculiaridades




Hein Leonard Bowles lançou seu segundo livro, pela editora Todapalavra. Com o nome de “Jacu rabudo”, é voltado para a cidade de Ponta Grossa. Utilizando-se de humor e criatividade, registra os dizeres pontagrossensses, e assim, sua identidade cultural. A abordagem é bem dinâmica. Capítulos são na verdade diálogos, onde são exploradas peculiaridades lingüísticas do município. Aparecem expressões usadas até hoje, como “vina”, ou melhor, “salsicha vermelha para cachorro quente” que deriva de wiener wurst, ou seja, salsicha de Viena. E outras mais antigas, como “armando um laço”, ou melhor, “fazendo as necessidades”, ou até mesmo “vá cobrar do Bartolo”, sobrenome de um delegado de polícia de Ponta Grossa na década de 60.


Por mais irônico que pareça, Bowles é holandês. Sim, holandês. Um estrangeiro publicando livro sobre algo tão íntimo de uma cidade. Por mais que tenha vindo para o Brasil quando tinha 4 anos, não deixa de ser estrangeiro. Formou-se em Letras na UEPG, fez mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Atualmente está aposentado.

Segundo a livraria do shopping Palladium, Letras Megastore, Jacu rabudo é o livro mais vendido do momento. Só nessa loja foram vendidos mais de 500 exemplares. É melhor correr para adquirir o seu. Assim você terá “pexada” de se divertir conhecendo um pouco mais da cultura popular de Ponta Grossa.


Laís Franco


Serviço:
Preço: R$26,80

A (falta de) pluralidade na abordagem das notícias

É consenso que o jornalismo, para ser bem feito, deve ser feito com a apuração e divulgação de opiniões conflitantes. O princípio básico que todo jornalista deve seguir é que não se usa apenas uma fonte, já que para uma matéria ter credibilidade, ser confiável e o mais próximo da verdade possível (que é o compromisso do jornalismo) é necessário possuir a visão de todos os lados envolvidos no acontecimento.
No dia 10 de março tanto o Diário dos Campos quanto o Jornal da Manhã trouxeram como manchete a suspensão da meia-passagem em Ponta Grossa. O Jornal da Manhã trouxe como fontes o secretário municipal de Planejamento, José Ribamar Krüger, o autor da proposta, o vereador Márcio Schirlo e um representante do Movimento Cidadão, Joel de Oliveira. Já no Diário dos Campos, a única fonte citada foi o Secretário de Planejamento.




Isso demonstra uma falta de comprometimento do Diário dos Campos com a veiculação da verdade. Ao aceitar a opinião apenas do Secretário de Planejamento, agindo neste caso como porta-voz dos que defendem a suspensão da meia-passagem, o jornal perde a condição de pluralidade e credibilidade. Sem ouvir opiniões conflitantes, o jornal prende seu público leitor a apenas uma perspectiva e ofende a capacidade crítica deste.

Aline Jasper