11 de setembro de 2009

Jornalismo em nome do Governo

O programa de notícias A Voz do Brasil é transmitido diariamente em todo o território nacional às 19 horas. Com veiculação obrigatória em todas as rádios, desde 1938 no governo Vargas, por determinação do Código Brasileiro de Telecomunicações, A Voz do Brasil chega a ser transmitida às 23h, ou até mesmo às 4h, em emissoras amparadas por liminares que autorizam a veiculação do programa em outros horários. Se divide em notícias do Poder Executivo, Poder Judiciário, Senado e Câmara. Tem como tema de abertura O Guarani, de Carlos Gomes.



“Em Brasília, dezenove horas.” Era essa abertura do jornal antes da reformulação. A linguagem era muito sóbria, com a utilização de termos cujo significado não era do conhecimento de todos. Isso atrapalhava o objetivo do programa, que pretendia levar informação a uma parcela cada vez maior da população.
Com alterações feitas na estrutura, em 2003, o jornal passou a utilizar uma linguagem mais coloquial, uma voz feminina foi inserida na locução, a abertura se tornou “sete da noite em Brasília” e foi disponibilizado ao ouvinte espaço para reclamações.
A Voz do Brasil, que é o programa de rádio mais antigo do Hemisfério Sul, conta com quatro jornalistas formados, o que confere ao programa qualidade no material e produção. O problema fica na abordagem dada às notícias. Se por um lado existe qualidade na produção, por outro, a apuração deixa a desejar.



Matérias com uma única fonte e omissão de dados importantes transformam o que poderia ser um excelente programa de radiojornalismo, num espaço para promoção de membros e representantes do governo e suas ações no país.


Mariana Galvão


Serviço
A voz do Brasil

Rádio Mix - 94.7 FM
Às 19h

Rádio CBN - 1.300 AM
Às 19h

Rádio Mundi - 99.3 FM
Às 2h

Rádio Tropical - 99.9 FM
Às 23h
Crédito fotos: divulgação

A fantástica fábrica de fazer bandas

Melodias pegajosas, letras fáceis que exaltam o amor, garotos bonitinhos posando com cara de mau pras fotos. Essa é a melhor definição para a infinidade de bandas que permeiam o cenário musical atualmente e que tem seu estilo definido como Hardcore Melódico, Pop Punk ou o apedrejado Emocore.



Integrando o quadro de bandas que animam as trilhas sonoras de novelinhas adolescentes, está o Joings. Formada em 2003 na cidade de Curitiba e agora residindo em Ponta Grossa, a banda conta com John Hoo, Beis, The J, Josh (sim, estes são os “nomes” deles). O Grupo soma guitarras aceleradas, bateria dinâmica e letras melancólicas ou de pura exaltação ao amor. O resultado remete fortemente à bandas já consagradas no meio musical como Fresno ou NX Zero.

Músicas como “Não é bem assim”, “Terremoto Invasão” e “Mais uma vez” são perfeitas para adolescentes histéricas que acabaram de ter seu coração partido ou se sentem indignadas com a situação do mundo. Porém, as letras excessivamente simples, repletas de rimas fáceis como “assim” e “mim” ou “tentar” e “esperar” se tornam enjoativas a medida que são ouvidas.



A banda, por mais carismática que sejam seus integrantes, peca por não inovar. Talvez, se abandonasse a velha e desgastada receita que há anos assola o cenário pop nacional, teria um trabalho muito mais interessante.


Cleber Facchi

Serviço:

Banda Joings
Integrantes:John Hoo (Guitarra e Vocal), Beis (Guitarra), The J (Bateria) e Josh (Baixo)
Acesse: http://myspace.com/joings
Veja o clipe da banda: http://www.youtube.com/watch?v=9NCbWhvJhGk

Fotos: Divulgação
Ponta Grossa - Paraná

Back in Black… And White

Paredes de tijolos, iluminação discreta, mesas e balcão. Essa é uma forma de definir vários bares da cidade, se não fossem pelos quadros de lendas do rock, como Jimi Hendrix e AC/DC, e filmes que marcaram época, como 'E O Vento Levou'. O bar Cine Rock mostra a tendência ao preto e branco, padronizou todas as imagens nessas cores, dando um clima noir* ao local. A estrutura do bar é estilizada e bem acabada, ele pode ser freqüentado pela música, bebidas ou pela própria decoração.



Ponta Grossa conta com várias festas feitas pelos cursos de universidades e, na maior parte delas, sertanejo e pagode lideram. Mas no Cine Rock, as bandas variam entre estilos de rock e blues. Só. Quem freqüenta o lugar sabe o que vai ouvir e, na maioria das vezes, canta junto. O problema é que sexta e sábado sempre tocam as duas mesmas bandas. Não dá pra ir todo fim de semana no Cine Rock. E o ambiente é pequeno, cabem no máximo (e bem apertado) 200 pessoas. Tem o lado bom de sempre parecer lotado e o ruim de que se leva meia hora pra chegar ao banheiro.



O Cine Rock é o que o nome sugere: dedicado ao Rock e ao cinema. O ambiente é um só e as pessoas respiram o bom e velho Rock n’ Roll numa realidade à parte, como se estivessem em outra época e em outro lugar. E é engraçado como as paredes sugerem assuntos... desde conversas divertidas até discussões sérias sobre diretores e instrumentos musicais.

Back in Black = álbum da banda AC/DC

*Noir: No francês original, significa preto. No texto, pode se referir ao estilo de cinema que consiste em planos sombreados, claustrofóbicos e iluminação fraca.



Yana Fortuna

Serviço:

Endereço: Avenida München – 547.

Funciona de quarta a domingo à partir das 21:30.

Entrada: dias de semana a R$5,00 e fins de semana a R$7,00.

Telefone: 3025-2567.

Resumão de informações na TVE

Um verdadeiro resumo de notícias, simples, não instigante, mas um informativo sutil, para quem madruga nas manhãs dos Campos Gerais. É como se pode classificar o ‘Jornal das Sete e meia ’, apresentado pelo jornalista Altair Ramalho e transmitido através da TV Educativa de Ponta Grossa.


Todos os dias o programa faz uma síntese das principais notícias dos jornais locais, abrange o que aconteceu na cidade no dia anterior, apresenta notas e comentários do apresentador, em meia hora de duração. Sem dizer que o jornal não se esquece de dar as notas de falecimento do dia.

A potencial voz de Ramalho abre a programação da Educativa, porém o programa não tem dinamismo por ser apenas um apresentador, que aparece em apenas duas angulagens de câmera: uma delas é o close, em que a pessoa é filmada do tronco do corpo a cabeça, e a outra é o big close, o que foca o rosto do apresentador, só que em outra câmera posicionada na diagonal, onde a pessoa gira o corpo para conduzir a fala ao expectador. Aqui, então, o único movimento do programa.


Devido à pequena duração, o programa não é tão atraente do ponto de vista da novidade, da diferença e dos efeitos que alguns programas da mídia televisiva apresentam. Mas oferece, indiretamente, um benefício: o de despertar a curiosidade dos expectadores para alguns assuntos. Logo, a audiência pode procurar tais temas em maior profundidade em outros meios para tirar as próprias conclusões.

Isadora Camargo

Serviço: Jornal das Sete e meia - TV Educativa (canal 58).

Todos os dias ao vivo às 7:30 horas

Site: http://pg.pr.gov.br/tve/

Teatro.com


É fato que Ponta Grossa não é uma cidade com grande oferta de peças de teatro. São poucas as peças que acontecem, sejam elas trazidas de fora ou com grupos da região. Sem falar do custo que é bastante elevado, impossibilitando muitas pessoas de freqüentar o teatro. Mas o público sente falta desse tipo de arte, assim como o próprio blog Critica de Ponta. Para isso, é preciso criar alternativas a fim de suprir a falta de manifestações teatrais.



Uma saída para a falta de apoio e de divulgação foi a da atriz e diretora Renata Jesion. Ela criou o 'Teatro para Alguém', o primeiro teatro virtual do Brasil. Onde são expostas peças ao vivo e gravadas, são diversos atores e diretores trabalhando em conjunto para criar. A ideia é realmente inovadora, pois aproxima o público do mundo do teatro. E mesmo na tela do computador é possível sentir a proximidade do ator e da platéia.

O site é formulado com se fosse uma casa onde as peças acontecem e vários cômodos e os seus participantes “moram” na casa, onde tudo acontece. Em cada lugar você descobre uma peça nova e se encanta com a magia que ela proporciona. A programação semanal anima os internautas. Peças são lançadas, outras antigas estão lá a disposição para a hora que se quiser acessar e assistir.


O mais interessante é que eles não tentam fazer filmes, eles fazem realmente teatro só que filmado. Conseguem arrancar gargalhadas e emocionar, cada cena foi elaborada para atrair o público. Quem sabe por meio de novas formas o teatro se torne uma expressão artística tão forte quanto a música e o cinema.


Juliana Cardoso

Serviço:

http://www.teatroparaalguem.com.br

Cara nova e mais bonita

Ao passar na banca, a primeira coisa que uma pessoa observa são as capas das revistas e dos jornais. Se estas forem atraentes, é maior a possibilidade dela pegar alguma publicação para ler e, quem sabe, comprar. Por esse motivo o design é tão importante. Uma página bonita, organizada e bem ilustrada prende o leitor. Foi pensando nisso que o Jornal da Manhã passou por uma reformulação na estrutura do impresso. Em 21 de Junho deste ano, os leitores puderam ter em mãos o resultado do trabalho que visava, acima de tudo, dar “cara nova” ao jornal de todos os dias.


Ao comparar uma edição do começo de Junho e uma do início de Setembro, a impressão é que o jornal realmente ficou mais bonito. No JM de antes, as fotos mantinham o mesmo padrão quadrado, o preto com letras brancas era simples e monótono, haviam fios desnecessários contornando algumas informações da capa. Agora as fotos são recortadas de maneira mais criativa e inovadora, o preto e o branco são melhor distribuídos e os poucos fios usados dão leveza ao jornal.


Até mesmo o nome do impresso ficou mais suave sem aquele vermelho forte de antes. As letras dos títulos das editorias são menores e até a publicidade foi favorecida, com anúncios ocupando o espaço das páginas de maneira mais organizada. Contudo, a parte interna do caderno Mix poderia apresentar textos menores e mais espaço entre o título e o texto que vem a seguir, especialmente na seção: Vamos Ler. Além disso, a parte de classificados continua um pouco pesada. Poucas modificações poderiam ser feitas, já que o essencial já foi alterado. O JM definitivamente usa as cores e as imagens melhor do que antes.

Thalita Milan


Serviço:

Jornal da Manhã - análise das ediçõe dos dias 06/06 e 10/09

Preço: R$ 1,50

Distribuição na cidade de Ponta Grossa

Site: http://www.jmnews.com.br

Imagem: Thalita Milan

Um sonho literário realizado

Quantas pessoas tem um sonho de realizar algo que deseja? Marcelo Vieira, trabalhador público como gari, nas ruas de Ponta Grossa, conquistou realizou um plano de muitos anos. Um dos seus sonhos era lançar um livro de poesias. Graças a sua força de vontade, Vieira conseguiu colocar em prática.

Com um trabalho duro e com uma responsabilidade de deixar a cidade limpa, Marcelo encontra tempo para escrever poesias. O livro - “Minhas poesias. Um sonho realizado” - é marcado por rimas e foi lançado em maio deste ano (2009). Para tirar executar o projeto, o autor contou com a parceria dos Sindicatos dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco), da cidade de Ponta Grossa.

O livro é um produto independente, produzido pelo próprio autor. Infelizmente, em Ponta Grossa não há incentivos de órgãos públicos para este tipo de serviço. Mas vale ressaltar a competência e o talento de um cidadão, trabalhador e artista que tem direito a um espaço de expressão cultural.

Marcelo já possui mais de 130 poesias escritas. No seu livro, conta em versos a visão do mundo nas ruas que ele vê em Ponta Grossa. Com a (má) circulação do livro de Marcelo Vieira nos centros culturais, pode ser adquirido o mesmo através do próprio escritor.

Thiago Copla

Serviços:
Contato para adquirir o livro: 99034850 (Com Marcelo Vieira)
Editora: Força Sindical (Curitiba-PR)

Um desenho (de cinema) diferente


Para os adultos que gostam de assistir a desenhos, mas sentem certo receio de ir ao cinema, ou ser flagrados numa fila repleta de crianças, o filme que estreou nesta sexta-feira (11/09) no Multiplex do Shopping Palladium, em Ponta Grossa, vale o esforço. 'Up – Altas Aventuras' é um desenho diferente, não só pela história que foge dos padrões dos contos de fadas, já que é sobre um velhinho que viaja com sua casa pelo céu até a América do Sul, mas também porque ressalta o valor da amizade entre diferentes formas de vida. 'Altas Aventuras' é uma produção da Disney-Pixar, sob direção de
Pete Docter, e co-direção de Bob Peterson.


A trama se desenrola em torno de Carl Fredricksen. Um senhor de78 aos que era vendedor de balões e sempre sonhou viajar pelas florestas da América do Sul. Após se meter numa confusão, o personagem resolve colocar seu sonho em prática, mas de uma forma inusitada: ele prende milhares de balões em sua casa e viaja pelo céu, como se a casa fosse um dirigível. Mas um garotinho chamado Russell embarca clandestino em sua varanda e ambos vivem muitas aventuras.

Há cenas engraçadíssimas, como o momento em que Carl descobre o pequeno Russell na varanda e não o deixa entrar na casa, mesmo os dois estando há milhares de metros do chão. Mescladas com uma trilha sonora nostálgica, a animação parece acompanhar os passos vagarosos da dupla, mas o filme torna-se cativante devido às várias situações que levam o expectador a refletir sobre posturas tomadas no cotidiano, como a atenção destinada ao idoso e à criança.


Gisele Manjurma


Serviço:
Nome: Up - Altas Aventuras
Em exibição no Multiplex Shopping Palladium (Rua Ermelino Leão, 703, Ponta Grossa/PR)
Horários: Terça e Quinta: 16:00 e 20:00
Sexta, Sábado, Domingo, Segunda e Quarta: 15:00, 17:00, 19:00, 21:00
Preços: Segunda-feira: R$ 8,00
Terça-feira e quinta-feira: R$ 10,00
Quarta-feira: R$ 5,00 (preço único)
Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 14,00
Aposentados, idosos, estudantes e portadores de deficiência pagam meia entrada.
Censura: livre
Duração: 96 minutos

Classificacao: Livre