13 de junho de 2009

As várias funções de uma Rádio evangélica


“Rede Aleluia, a rede da família”. É assim que se designa a rádio Aleluia (FM 93,1) a única de denominação gospel nos Campos Gerais do Paraná. A rede pertence à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), coordenada pelo pastor Edir Macedo.

Não há jornalistas trabalhando na filial da emissora em Ponta Grossa, que já existe há 10 anos. A programação é feita exclusivamente por pastores, mas nem por isso os ouvintes ficam sem receber notícias do Brasil e do mundo.



A grade diária da 'Aleluia FM' consiste basicamente na transmissão de músicas religiosas nacionais e internacionais, melodias instrumentais, além de fornecer, a cada duas horas, informações jornalísticas (transmitida via satélite pela Rádio Aleluia, do Rio de Janeiro) e orientações sobre saúde, beleza e cultura entre os programas de evangelização. Os ouvintes podem ligar e participar das enquetes que surgem durante as palestras dos pastores.


A rádio também tem espaço para músicas seculares (não evangélicas) no programa “Terapia do Amor”, que inicia às 23h e 30min e finaliza a 1h, de segunda a sexta-feira. É caracterizado por ajudar pessoas na área sentimental, como uma espécie de correio elegante radiofônico. Os ouvintes interessados em conseguir um relacionamento ou prestar uma homenagem à pessoa amada ligam para oferecer alguma música em especial ou fornecer seus dados (como características físicas e preferências) para tentar conseguir um amor (humano).

Gisele Manjurma

Serviço:
Rádio Aleluia 93,1 FM
Site: www.redealeluia.com.br

Endereço:Rua Júlio de Castilho, 728, Centro
Fone/Fax:3025 1338
Fotos: Gisele Manjurma

Mosteiro em pauta na literatura

O livro abordado nesta crítica literária pertence à série Visões De Ponta Grossa, editada pelo Instituto Cidade Viva, em 2001. A Edição Mosteiro da Ressurreição 25 anos, escrito em 2006, é uma parceria entre o organizador, Niltonci Chaves, e a foto-jornalista Zaclis Veiga.
O livro pode ser considerado de caráter fotojornalístico, tanto pela técnica fotográfica quanto pelo aspecto informativo das imagens. A fotografia traz ao leitor uma compreensão acessível e universal.

Outro ponto central da obra é a linguagem, em inglês e português, o que o populariza pelos lugares em que é divulgado. Os detalhes apontados pelo autor desmistificam a lógica clichê de remeter mosteiro a um pensamento de clausura.
O badalar dos sinos avisa aos 29 monges do Mosteiro da Ressurreição que é chegada a hora de deixar suas celas individuais e se dirigir em rigoroso silêncio para capela. Em poucos minutos terá início o primeiro Ofício do dia.
Ao contrário do apontado pela apresentação do livro, a notoriedade nacional do Mosteiro é questionável. Na região e Estado, claro, não resta dúvida! Além disso, a publicidade interna existente em algumas séries de 'Visões De Ponta Grossa' compromete a estética do livro.

As fotos no interior do livro são apresentadas sem legenda, deixando aberta a interpretação e o entendimento do leitor, possibilitando uma contemplação agradável. Contudo, para quem deseja mais informações, elas podem ser encontradas enumeradas no final do livro.
A pluralidade de fontes e a condição de matérias completas do livro com o trabalho conjunto de jornalistas e historiadores não permite uma análise severa da obra. O que torna uma crítica construtiva mais pertinente e, sobretudo, coerente.

Vanessa Kruchelski Huk

Serviço:
Visões de Ponta Grossa – Mosteiro da Ressurreição – 25 anos. Veiga, Zaclis.
Editora: Pós-escrito.
Curitba-PR 2006.
Endereço-Mosteiro da Ressurreição: Rod BR 376. S\n.km 5, Ponta Grossa-PR
Créditos para fotos:
www.ressurreicao.org.br/.../imagens/visoespg.jpg - capa do livro
http://farm4.static.flickr.com/3114/2613549069_e3284d67cb.jpg?v=0 – Mosteiro por Milléo

E se a comunidade utilizasse o Centro de Cultura?




Parece que quando o assunto é teatro na cidade de Ponta Grossa (PR) o referencial é o Cine Teatro Ópera. É certo que o lugar é bom e a estrutura merece respeito. Porém, existem outros lugares que poderiam ser usados para fazer teatro na cidade.

Um exemplo disso é o Centro de Cultura. Foi inaugurado em 15 de setembro de 1988 “com a proposta de servir como espaço cultural à comunidade pontagrossense”, e de ser “um espaço democrático para todas as manifestações culturais, possuindo um auditório de 176 lugares e uma galeria de arte para exposições - Galeria João Pilarski”, como informa o site da Prefeitura Municipal. Mas, o local é pouco utilizado para expressões teatrais.


Alguns grupos da cidade utilizam o espaço para realizar seus ensaios. No entanto, quando resolvem apresentar os espetáculos pensam em todos os lugares, menos no próprio Centro de Cultura. É notável que o espaço precisa ser melhorado. O pequeno palco necessita ser redimensionado e a falta de um sistema de som e luz deve ser resolvida.

Em algumas ocasiões a Academia pontagrossense de Letras e Artes (APLA) utiliza o espaço para os concursos de declamação poética. O grupo de teatro da Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI) também já se apresentou no local. Contudo, a própria Prefeitura Municipal transferiu o concurso de declamação poética dos Jogos Estudantis Municipais (JEM) para o Cine Teatro Ópera, dividindo espaço com outros projetos como o Tela Alternativa (projeto que exibe filmes não-comerciais e promove um debate após todas as sessões).
Percebe-se assim, que o prédio, restaurado e tendo suas características da época restabelecidas, é um local pouco utilizado resumindo-se apenas a exposições de obras de artes.


Daniel Petroski

Serviços:
Endereço: Rua Dr. Collares, 436
Telefone: 3223 2951
Horário de funcionamento: das 9h às 11h30 e das 14h às 17h
Tela Alternativa: Todas as terças-feira às 19h, no Cine Teatro Ópera.
Fotos: Daniel Petroski

Animais em foco na TV a cabo


Dinâmico e interessante, ‘Cia. Animal’ é melhor do que muitos programas que ocupam as grades das emissoras televisivas princesinas, apesar do baixo orçamento (evidente pela produção). Yuri Nágea e Ângela Pauli fazem a apresentação em um cenário extremamente simples: eles ficam em pé, na frente de um painel com o logotipo do ‘Cia. Animal' . Simples, porém funcional. O programa não exige muito além disso. Porém, o enquadramento da câmera poderia ser diferente, mostrando os apresentadores de corpo inteiro.


A atração dá dicas sobre as melhores maneiras de cuidar dos animais domésticos, dos mais simples como peixes até as raças de cachorros mais difíceis. O programa também veicula reportagens feitas pelo próprio apresentador, o que se torna um problema. Yuri deixa a desejar como repórter. Há falta de preparo e as perguntas não têm muita profundidade ou perspectiva. O áudio é outro elemento pouco atrativo. Em alguns momentos o som parece oscilar, se tornando mais alto ou mais baixo do que o resto da programação.

No ar pela TVM todo domingo às 10h, pelo sistema de TV a cabo de Ponta Grossa, com reprise na quarta-feira às 21h, o programa tem dinamismo, tratando de temas que interessam o público a quem se destina. Os apresentadores têm qualidade, mas um repórter mais bem preparado poderia acrescentar mais, além de trazer melhores informações aos telespectadores.

José Renan Vallim

Serviço:
Domingo às 10h
Reprises quarta-feira às 21h
Apresentação: Yuri Nágea e Ângela Pauli
TVM – (TV a cabo canal 14 em Ponta Grossa/PR)
Fotos: Divulgação

O 'Tela Alternativa' como espaço cineclube


O Tela Alternativa é o projeto que mais aparece na editoria de cinema do 'Crítica de Ponta'.. Porém, como observou um leitor, os filmes criticados já foram apresentados e nem sempre são facilmente encontrados em locadoras da cidade. Isso porque o 'Tela', como espaço de cineclube, exibe filmes que fogem à lógica hollywoodiana, comum entre os cinemas e locadoras comerciais.


Mas o que é um cineclube? Cineclube é caracterizado por reunir pessoas para assistir e discutir cinema e não ter fins lucrativos. E que o projeto não tem fins lucrativos já é sabido e a única taxa cobrada corresponde ao valor dos certificados dos inscritos no projeto. Quanto às discussões sobre a obra apresentada, o Tela Alternativa perde parte de seu potencial ‘cineclubista’. Embora tenha uma plateia assídua que recebe toda semana, por e-mail, textos sobre o filme que será apresentado, quando o filme termina e a luz se acende para o início do debate, metade dos espectadores se levanta e simplesmente vai embora.

Mas não é apenas isso. Um cineclube também precisa ter uma estrutura democrática e o tela, de fato, tem. A escolha dos filmes apresentados é pré definida pelo coordenador do projeto, professor Antônio J. Teixeira, mas é aberta a sugestões e todos podem dar sua opinião ao final dos filmes. Além disso, assim como aconteceu na primeira semana de junho/09 com uma mostra de videoclipes por um estagiário, o projeto abre espaço para apresentação de obras e debates não previstos.

Um cineclube é importante em qualquer comunidade, seja pelo desafio de atuar como formador de opinião, produtor ou modificador de cultura. Talvez, seja necessário um debate de iniciação ao projeto para que aqueles que vão embora antes das discussões percebam que estão abrindo mão de dois direitos: dar a própria opinião sobre o conteúdo apresentado e exercer seu compromisso com a cultura apreendendo novos pontos de vista.

Cintia Amaro

Serviço:
Projeto Tela Alternativa – entrada gratuita – Todas as terças-feiras, 19h30.
Local: Cine Teatro Ópera (Auditório B) – Rua VX de Novembro, 458
Coordenador do projeto: Antônio João teixeira. - (quem se interessar em receber os e-mails com textos sobre os filmes e a programação completa até o final do ano, pode mandar um e-mail para o coordenador: ajteixeira@hotmail.com).
Programação do mês:
16 de junho - São Bernardo (1972, 113 min.) – Leon Hirszman
23 de junho - Tudo bem (1978, 110 min.) – Arnaldo Jabor
30 junho - Edukators (2006, 127 min.) – Hans Weingartner
Onde? Cine Teatro Ópera
Endereço Rua XV de novembro nº 458.
CEP: 84010-020 Ponta Grossa – PR
Telefone: (42) 3901-1601
Fotos: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1a/Cineopera.JPG
http://www.grupos.com.br/group/tela.alternativa