17 de junho de 2010

Mudança de endereço.

O blog Crítica de Ponta mudou para novo endereço. Antigas e novas produções em:

http://www.criticadeponta.wordpress.com


Alguém ainda lembra que existem as editorias “Entre Linhas” e “Antena” no blog Crítica de Ponta? Sim, o final do primeiro semestre (2010) se aproxima e as coisas vão acumulando, mas o que se vê no blog é um descaso. Não apenas em entregar textos ou não, mas também de se esconder atrás da desculpa de que “é muito difícil encontrar pautas”. Realmente, algumas editorias vão afunilando assuntos e temos que exercitar a criatividade e percepção para produzir bons textos. Vale a ressalva de que existem muitos aspectos de programações já analisadas que não foram tratados, ou seja, rendem novos textos. Na hora da escolha da pauta, lembre-se de que a crítica deve ter a capacidade de instigar o leitor ao acesso (leitura) do Blog.
A editoria “Na Tela” é um exemplo. Cada autor busca novas visões e críticas, nem sempre se baseando em programas específicos. Nesta edição, o autor tenta não apenas criticar negativamente o formato do programa, que se apresenta como um ‘jornalismo’ um tanto parcial, mas mostra como a atração abre espaço para a participação do telespectador.
“Outros giros” apresenta o outro lado de um lugar conhecido por seus shows e festas, abusando da descrição. “Vitrola” faz uma crítica implantada sutilmente ao longo do texto sobre uma banda bem conhecida, o que facilita o entendimento do leitor, talvez pecando por não torná-la mais explícita. Na “Agenda Cultural”, a programação do evento junino da cidade é disposta de maneira longa, causando certo cansaço visual. Facilitaria a transformação dos vários tópicos em texto ou a redução dos espaços entre eles. Ainda na agenda, é necessário diferenciar mais visualmente cada atração.
O blog segue, como ressaltou o último ombudsman, talvez com pouca evolução. Uma opção apresentada, e que muitos colegas vem demonstrando, é pensar melhor e com mais criatividade nas nossas pautas, que são o início para uma boa crítica.

Ana Carolina Miola

15 de junho de 2010

Empório serve almoço para universitários



Pasmem. A Casa de Shows e Eventos Empório Avenida, localizada na Avenida München, próximo ao Campus Central da UEPG, em Ponta Grossa, serve almoço de terça feira a sábado. A partir das 11:30h o estabelecimento abre as portas aos clients. Para aqueles que querem almoçar por um preço mais acessível, existe o prato executivo universitário. Por R$ 9,00, o cliente tem direito a dois tipos de arroz, polenta e mandioca frita, feijão, farofa, maionese caseira, uma porção de salada, um pão temperado com uma receita especial do chef, molho e um pedaço de alcatra. Além do prato principal, é servido uma entrada que pode ser caldo de cenoura ou caldo de mocotó - a critério do cliente - e por conta da casa.
O local, apesar de ser conhecido como uma casa de shows, não tem problemas em funcionar como um restaurante. O ambiente é ventilado, possui uma TV bem posicionada e, mesmo localizada em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, o barulho externo não chega a incomodar muito. Já a iluminação deixa a desejar, pois não abrange todo o ambiente.
A entrada leva por volta de cinco minutos para ficar pronta e refeição demora em média 15 minutos. O atendimento é eficiente e os tipos de bebida são diversificados... de uma água (com ou sem gás) até bebidas alcoólicas. O restaurante ainda não aceita o cartão ticket refeição. Assim, o Empório é uma opção a mais, particulamente para quem não dispõe de muito tempo para se deslocar a um local distante para um almoço mais tranquilo.
Lucas Waricoda
Serviço:
Tel. (42) 30287715
Empório Avenida
Av. Bonifácio Vilela, 403 - Centro
Ponta Grossa
Fotos: Divulgação

Publicidade e algumas desgraças, lado a lado no seu almoço



O programa ‘Balanço Geral’, da emissora RIC (Rede Independência de Comunicação), transmitido em dois blocos, na hora do almoço, traz muitos acidentes de trânsito, assaltos, mortes, prisões e publicidade. A cada reportagem, que tem em média um minuto e meio, o apresentador pára o programa e anuncia algum produto ou serviço, geralmente de funerárias, o que torna o programa cansativo e repetitivo. As propagandas ocupam tanto, ou até mais, tempo que as próprias notícias. As reportagens “especiais” têm o mesmo tempo de duração que as matérias normais.
O apresentador do programa da sucursal da RICTV Curitiba, Gilberto Ribeiro, após as imagens das reportagens, faz comentários explicitando a opinião que tem em relação ao assunto pautado. Ribeiro às vezes leva alguns políticos ao programa para dar entrevista, mas do jeito que é conduzida pelo apresentador passa a ser mais uma assessoria de imprensa que algo jornalístico, sem contar que em alguns casos ele deseja sucesso na campanha do candidato. Não que apoiar políticos seja errado, mas mostra que o programa é parcial. A interação com os telespectadores é interessante, no início do programa é disponibilizado o telefone de contato, além de o apresentador ler alguns e-mails que a redação recebe.
No segundo “tempo” do programa, que começa às 12:40h, logo após o ‘Tribuna no Esporte’, existe o quadro “gente procurando gente”, no qual o repórter entrevista pessoas que buscam algum amigo ou familiar que tenha desaparecido, com uma descrição e um pedido de ajuda aos espectadores. Os depoimentos são emocionantes e algumas vezes chorosos. E é dessa forma que o programa tentar tirar proveito de algumas situações desagradáveis e, em certos momentos, apela para o sentimentalismo, talvez na busca de audiência.
Marco Antonio Favero

Foto: divulgação

Serviço:
Emissora: RIC TV – Record
Canal: 47(TV aberta)
Horário: de segunda à sexta 12:00-12:20/12:40-13:30
http://www.ric.com.br/ric.com/index.asp

12 de junho de 2010

Crítica a tudo e mais um pouco



A peça ‘Memórias do Subterrâneo’, interpretada por Emerson Rechenberg, fala sobre um homem de meia idade que, auto-isolado em seu porão, afastado de tudo e de todos, se escondendo atrás de uma doença que nem sabe-se ser verdadeira, faz críticas com relação às buscas efetuadas pelo ser humano. A personagem indaga sobre toda e qualquer ideologia e/ou filosofia de vida, mas principalmente contra a consciência, levantando questões pertinentes que fazem pensar sobre a veracidade de nossas relações e vida em sociedade.


A peça, anunciada para as 20h, começou com 15 minutos de atraso. O espetáculo inicia com uma recepção (feita pela serviçal, que só apareceu novamente no fim da peça) rude no saguão de entrada do auditório B do Cine-Teatro Ópera. Uma mesa, duas cadeiras, alguns caixotes, imagens de santos, faixas brancas, uma garrafa de água, um copo, quatro bonecas e 26 velas formavam o cenário. As velas, aliás, eram o único tipo de iluminação presente. Se menos velas fossem usadas, o efeito de sombra seria ainda mais acentuado, levando a imaginação a fluir ainda mais. Próximo ao final da apresentação – que dura cerca de 1h e 10 min –, quando as velas vão sendo apagadas (pela própria personagem), o cenário se revela mais propício ao tema abordado do que em seu começo.

A peça requer atenção, se a mente divagar, mesmo que seja sobre as questões levantadas pelo ator/diretor, o expectador perde o rumo nos caminhos abordados e não consegue acompanhar a linha de raciocínio. O público – cerca de 35 pessoas presentes - não aplaudiu ao final, pode ser pelo fato de que o ator saiu de cena e a serviçal, asperamente, pediu para os expectantes irem embora pois “a visita tinha acabado”.
Kevin Furtado

Serviço
:
Espetáculo “Memórias do Subterrâneo”. Da obra de Fiódor Dostoievski. Adaptação, concepção e performance: Emerson Rechenberg. Assistência de direção: Lucas Ruteski. Programação Visual: Maisa Goldemberg
Promoção: Casa de Artes Helena Kolody, com apoio cultural da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
Local: Cine-Teatro Ópera - Auditório B
Data: 05 de junho às 20h
Entrada: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada)
Fotos: Kevin Furtado e Portal Dia-a-Dia Educação

11 de junho de 2010

Indícios da Era Mesozóica em Ponta Grossa



David Barros, Mack Milan, Hugo Alex e Ricardo Silva (Nêgo) compõem o cenário do rock (que também se aventura por outros ritmos, como o reggae), nas casas noturnas de Ponta Grossa e região dos Campos Gerais do Paraná com a banda ‘Cadillac Dinossauros’. Respectivamente, os responsáveis pelo vocal e guitarra, segunda guitarra, contra-baixo e bateria animam aqueles que curtem o estilo e ainda os que não preferem outros ritmos mas se acostumam com a energia que a banda ‘emana’. É aí que se encontra o ponto chave da questão: nota-se uma energia enfatizada apenas nas ações do vocalista Barros, como se os outros personagens destoassem desta característica. É notável o paradoxo da trupe: os amigos componentes da Cadillac Dinossauros não compartilham do mesmo entusiasmo do vocalista ou da mesma calmaria do restante do grupo.

Outro ponto a ser destacado é a preferência da banda por temas internacionais, com um repertório que se repete de uma apresentação para outra, gerando sempre uma mesma performance. O estilo é bastante requisitado por casas da cidade que geralmente recebem o mesmo público, ou seja, há recorrência dos shows. No entanto, é importante frisar que o som não deixa de ser extremamente contagiante, visto que o público, em sua maioria, tende a se entusiasmar nas faces e corpos com a voracidade do som desses dinossaurinhos.
Bruna Bronoski

Serviço:
http://www.myspace.com/cadillacdinoss
Show da Banda Cadillac Dinossauros
Data: 11/06
Horário: 23h30
Local: República Acústico (Rua Riachuelo, 515. Centro. Fone 8842-1000)

= Agenda Cultural =

12 de Junho

Expô-Animê Ponta Grossa

Exibição de Animes (desenhos animados japoneses), exposição de Mangás, stands com DVDs de Animes, exposição de ilustrações, mesas de RPG, workshop gratuito de Mangá e campeonatos de games.

Local: Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa (Rua Dr. Colares – Centro)

Horário: das 14h às 18h

Ingressos: R$ 2,00 (Preço único) – inscrição nos campeonatos de games: R$ 2,00 (por campeonato)

Informações: Diego - 99054731


Projeto Cine-Arte – Exibição do Filme “Chega de Saudade”

Direção: Laís Bodanzky - 2008 - 92min. Brasil

Sinopse: A história acontece em uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile. A trama começa ainda com a luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina ao final do baile, pouco
antes da meia-noite, quando o último freqüentador desce a escada. Mesclando comédia e drama, Chega de Saudade aborda o amor, a solidão, a traição e o desejo, num clima de muita música e dança.

Local: Cine-Teatro Ópera – Auditório B

Horário: 17h

Ingressos: Entrada Franca

Classificação: 14 Anos


Espetáculo de Dança: “2ª Mostra de Dança Pro-Arte”

Local: Cine-Teatro Ópera – Auditório A

Horário: 20h

Ingressos: R$ 5,00 (preço único)


“Arraiá na Cidade” - Festa Junina Municipal com brincadeiras folclóricas, pau de sebo, fogueira, comidas e bebidas típicas, correio elegante e barraquinhas

Local: Complexo Ambiental

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO:

12/6

14 horas

- Moda de Viola

- Apresentação de Quadrilhas

- Concurso de Quadrilhas Juninas de Ponta Grossa

- Grupo Caipira Viola

- Show com Álvaro Bueno e grupo Viva Voz

13/6

13 horas

- Moda de Viola

- Apresentação de quadrilhas

- Apresentação da quadrilha Junina dos Funcionários da SMCT

- Apresentação do Grupo Parafolclórico Aracê Poranga

- Show com Marciano





13 de Junho

Campeonato Amador – O dono da Linha – PG

Local: Parque Ambiental

Horário: 10h

Inscrições: R$ 15,00

Informações: / 3028-6617

Aloizio Neves: (42) 9929-5626


Projeto REC - Rede Estadual de Cinema

Exibição dos filmes:

“A Guerra dos Rocha”

Direção: Jorge Fernando

Gênero: Comédia – Brasil – 2008 - 80min.

Elenco:Marcello Antony, Taís Araújo, Zéu Britto, Nicete Bruno, Cecília Dassi, Ludmila Dayer, Felipe Dylon, Ary Fontoura, Giulia Gam, Ailton Graça, Lúcio Mauro FIlho

Sinopse: A história da simpática, mas desastrada, velhinha Dina Rocha e seus três filhos adultos. Um dia, eles recebem a trágica notícia do IML de que uma velhinha cuja descrição é de sua mãe foi atropelada por um ônibus.

Classificação: 10 anos


“As Coisas que Moram nas Coisas”

Direção: Bel Bechara e Sandro Serpa

Gênero: Drama – PR – 2006 - 14min

Classificação: Livre

Local: Cine-Teatro Ópera - Auditório A

Horário: 15h

Ingressos: Entrada franca




16 de Junho

Abertura do “II Salão de Inverno de Ponta Grossa”

Exposição de Artes Plásticas

Local: Galeria Lúcio Ribeiro

Horário: 20h

* O Salão permanece aberto à visitação até o dia 16 de julho em horário comercial


17 de Junho

Grupo de Estudos Literários “Expedições pelo Mundo da Cultura”

Sessão Literária com interpretação da obra “O Coração das Trevas”, de Joseph Conrad

Orientação do Professor, pesquisador, filósofo e palestrante Monir Nasser, de Curitiba

Local: Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa

Horário: das 18h30 às 22h30

Inscrições: R$ 15,00 (vagas limitadas)

Informações: 3901-1588, com Alfredo Mourão


Seminário do Empreendedorismo

Palestras de Gilmar Denck e Márcio Pauliki

Local: Grande Auditório do Campus Central da UEPG

Horário: 19h

Ingresso: R$ 15,00 (antecipado) / R$ 20,00 (na hora)

* Vendas em frente ao Departamento de Administração da UEPG, no Campus Central, durante o período da manhã

Felipe Liedmann

Onde está a evolução do blog?




O crítica de mídia vive um retrocesso. Os primeiros ombudsmans desse ano falavam da expectativa de melhorias nas editorias, que a experiência seria adquirida com o tempo. No entanto, os autores das críticas têm demonstrado pouco (para não dizer nenhum) interesse pelo blog.
Isso pode ser comprovado pela quantidade de textos que estão entrando semanalmente. A proposta do blog é apresentada em nove editorias, além de uma agenda cultural e este (espaço) ombudsman. Esta semana entraram apenas cinco textos e a agenda cultural sumiu do blog. A falta de entrega dos textos demonstra irresponsabilidade do segundo ano do curso de Jornalismo UEPG), de maneira geral.
O blog não é só de um aluno ou de um professor. Cada um precisa fazer sua parte. E dizer isso não é clichê. O blog está aí, sem demonstrar evolução. É lamentável ver o descaso da turma com um produto que é nosso. Chega a ser cômico ouvir quase diariamente reclamação de todos sobre a falta de “prática” no curso. Mas quando se tem prática não se vê empenho para realizá-la da melhor maneira possível!
Nesta semana a crítica aparece na editoria Na Tela. O autor fez uma colocação pertinente ao relacionar a palestra da VII Semana da Resistência, evento realizado pelo Curso de Jornalismo da UEPG (entre os dias 24 e 28 de maio/10), com o tema. A proposta é mesmo essa: apresentar um produto sem se limitar em descrevê-lo e fundamentar o que se fala. Neste caso a fundamentação foi feita através da palestra.
A editoria Livro Aberto causa a impressão de que os livros nem foram lidos. E isso não se limita à última semana. Outros Giros (além de descritivo) parece ser propaganda, nada mais. E a falta da Agenda Cultural é inaceitável. É bom que esse retrocesso pare e a evolução (re)comece, para que o nome do blog não precise ser mudado amanhã ou depois.

Samara Machado

Homenagem às aulas em forma de livro




O livro “Aulas de Literatura Italiana e Desafios Críticos”, organizado por Heim Leonard Bowles, é uma homenagem para o professor paulista Bruno Enei. Fruto das aulas dedicadas de Língua e Literatura Italiana no Curso de Letras Neolatinas, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, quando era a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras. Bruno Enei foi professor, entre os anos 1956 e 1958.
A ex-aluna Sigrid Paula Maria Lange Schoerrer Renaux taquigrafou as aulas. O livro é todo baseado em leituras e análises realizadas durante as aulas. O livro é em português, com alguns poemas em italiano. Para estudantes de Língua Italiana, o livro interessa por ser uma 'verdadeira' aula.
Para os leigos, é uma leitura corrida, que fluí, mesmo o tema sendo denso. Com aprofundamento e dedicação de anos de estudos, o professor passa pela França, pela poesia e prosa, e até poesia religiosa, como “O inferno e o paraíso”, de Giancomino da Verona, e o “Cantico delle Creature” de São Francisco. A obra envolve ainda a história da Literatura italiana, a partir da Literatura Medieval até o século XIV.
O que chama a atenção é a forma como o autor consegue explorar o tema. É como um diálogo do leitor com o mundo da filosofia, arte e, principalmente, a história das línguas. O livro traz também uma síntese bibliográfica da esposa de Enei, Maria Biancarelli Enei, professora de grego.
No final, encontram-se alguns “Escritos de Bruno Enei”, abordando autores como Leonardo da Vinci. O método do livro é a análise tanto das obras como de seus autores.

Laís Franco


Serviço

Editora Toda Palavra, Série Intelectuais, 453 páginas.

8 de junho de 2010

Histórias de vida no baile da saudade




O que se esperar de um filme que em seus 92 minutos se passa em um Baile da Terceira Idade na noite paulistana? Por mais monótono que aparente a alguns, o longa de Laís Bodanzky “Chega de Saudade”, que será exibido pelo projeto Cine Arte no dia 12 de Junho, chama a atenção pela beleza simplista que o filme transmite. Apesar de mostrar toda a evolução da festa, desde os primeiros preparativos até a chegada dos frequentadores, o baile não é o foco da trama, mas artifício para mostrar os conflitos de personagens que vivem o início da terceira idade, entre decepções, angústias, desejos e certa decadência de mulheres que apenas querem ser reconhecidas pela sensualidade.




A trama toda se passa dentro do salão Chega de Saudade, que dá título ao filme. As memórias parecem se misturar, já que entre os mais velhos, estão um jovem DJ e sua namorada que, pela primeira vez, experimenta a noite no baile. Envolvendo muita música que não só embala a noite, como reflete o humor dos personagens, as histórias mostram durante o andamento da festa, personagens realistas e simples. O filme não retrata uma velhice caricata, mas personagens humanizados, em que os sentimentos não são maquiados pelo pudor que se espera da velhice.




A história não é surpreendente, uma vez que se propõe a mostrar a simplicidade de situações e sentimentos, que há muito passa despercebida. Mas a maneira como o roteirista Luiz Bolognesi e a diretora Laís Bodanzky tratam temas como a libido, a preocupação pelo reconhecimento na velhice, e a sensualidade existente nesses bailes, valem que o filme seja assistido ao menos uma vez, apesar de cansativo em alguns momentos.


Érik Gasparetto



Serviço:

Sessão: Dia 12 de Junho de 2010 – às 17 horas, no Cine Ópera


Título Original: Chega de Saudade
Gênero: Drama
Duração: 92 min.
Ano: Brasil - 2008
Distribuidora: Buena Vista International
Direção: Laís Bodanzky
Roteiro: Luiz Bolognesi

Trilha Sonora – BiD