21 de março de 2010

A (falta de) pluralidade na abordagem das notícias

É consenso que o jornalismo, para ser bem feito, deve ser feito com a apuração e divulgação de opiniões conflitantes. O princípio básico que todo jornalista deve seguir é que não se usa apenas uma fonte, já que para uma matéria ter credibilidade, ser confiável e o mais próximo da verdade possível (que é o compromisso do jornalismo) é necessário possuir a visão de todos os lados envolvidos no acontecimento.
No dia 10 de março tanto o Diário dos Campos quanto o Jornal da Manhã trouxeram como manchete a suspensão da meia-passagem em Ponta Grossa. O Jornal da Manhã trouxe como fontes o secretário municipal de Planejamento, José Ribamar Krüger, o autor da proposta, o vereador Márcio Schirlo e um representante do Movimento Cidadão, Joel de Oliveira. Já no Diário dos Campos, a única fonte citada foi o Secretário de Planejamento.




Isso demonstra uma falta de comprometimento do Diário dos Campos com a veiculação da verdade. Ao aceitar a opinião apenas do Secretário de Planejamento, agindo neste caso como porta-voz dos que defendem a suspensão da meia-passagem, o jornal perde a condição de pluralidade e credibilidade. Sem ouvir opiniões conflitantes, o jornal prende seu público leitor a apenas uma perspectiva e ofende a capacidade crítica deste.

Aline Jasper

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