O ponta-grossense Mauro José Degraf utiliza a poesia para mostrar fatos que a um mero olhar parecem comuns ou sem importância, como situações do cotidiano. No livro “Poemethos”, Degraf faz com que o leitor se sinta dentro de um ônibus lotado, ao ler o poema “Coletivo”. O autor trata com sensibilidade a rotina do cidadão, fazendo com quem leia, entenda e sinta o que acontece. Parece ser isso que essas mesmas pequenas coisas que o autor quer que o leitor perceba. Como em “O Andarilho”, onde se pode ver como um homem simples tem muito para contar: “Trazia sobre os ombros a culpa de cada um”.
Os poemas são divididos em quatro categorias: falam do cotidiano, do coração, do ego, e da natureza. Por mais que o autor utilize temas “clichês” em poemas – como o amor, as lembranças, as despedidas e a mulher amada – trata-os sob um olhar diferente, um foco que se compromete com o simples, como a sensibilidade ao descrever o talco das sapatilhas de uma bailarina em “Baila/tina”. Ou sobre a saudade que alguém tem dos pés de outra pessoa – “por onde andam teus pés?” – no poema “Fetiche”. Aliás, não é qualquer um que se lembra do talco ou tem saudades dos pés de alguém!
O livro ganha em estética ao mesclar poemas pequenos, com apenas quatro linhas, com outros que ocupam uma pagina inteira. O título, num primeiro momento, não chama muito a atenção: “Poemethos” não parece querer dizer algo forte, além de poemas pequenos. Neste aspecto, Degraf poderia ter optado por um título mais explicativo ou instigante. A diversidade de temas proporciona uma leitura agradável e é, de certa forma, divertida, como no poema “Eu (por mim mesmo)” em que o autor fala de como ele é e conclui“Sou mesmo é, Vagabundo”.
Loise Clemente
Os poemas são divididos em quatro categorias: falam do cotidiano, do coração, do ego, e da natureza. Por mais que o autor utilize temas “clichês” em poemas – como o amor, as lembranças, as despedidas e a mulher amada – trata-os sob um olhar diferente, um foco que se compromete com o simples, como a sensibilidade ao descrever o talco das sapatilhas de uma bailarina em “Baila/tina”. Ou sobre a saudade que alguém tem dos pés de outra pessoa – “por onde andam teus pés?” – no poema “Fetiche”. Aliás, não é qualquer um que se lembra do talco ou tem saudades dos pés de alguém!
O livro ganha em estética ao mesclar poemas pequenos, com apenas quatro linhas, com outros que ocupam uma pagina inteira. O título, num primeiro momento, não chama muito a atenção: “Poemethos” não parece querer dizer algo forte, além de poemas pequenos. Neste aspecto, Degraf poderia ter optado por um título mais explicativo ou instigante. A diversidade de temas proporciona uma leitura agradável e é, de certa forma, divertida, como no poema “Eu (por mim mesmo)” em que o autor fala de como ele é e conclui“Sou mesmo é, Vagabundo”.
Loise Clemente
Serviço
Livro: Poemethos
Autor: Mauro José Degraf
Editora Toda Palavra
TODAPALAVRA EDITORA LTDA.Rua: Xavier de Souza, 599 – Uvaranas – Ponta Grossa – PRCEP: 84030-090Fones: (42) 3226-2569 / (42) 8407-3589
Preço: R$ 15,00
Local de venda: Livraria Universa da Leitura, em frente ao Bloco A da UEPG-Campus central; ou na livraria Letras Megastore do Shopping Palladium.
Fotos: Loise Clemente
Nenhum comentário:
Postar um comentário