O público, em qualquer faixa etária, precisa de informação. Portanto a desculpa de que a programação musical é alternativa para atingir os jovens não vale. A parte jornalística fica com o programa Política no período da manhã, porém nada mais é que uma leitura das chamadas das capas dos impressos da cidade, não fornecendo ao ouvinte nenhum diferencial.
Ainda que não tenha uma produção efetiva de jornalismo na rádio, o dono, Marcos Zampieri, em uma entrevista a um jornal local, alega que há uma “equipe de jornalismo da Rádio MZ”. No entanto, a rádio se apresenta como um meio para o ex vereador, na busca de informações que, talvez, o beneficie.
Na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já consta a licença destinada à emissora. No entanto, a outorga seria para a cidade de Carambeí, e com outro nome, na freqüência 90,7. A potência é considerada baixa, mas mesmo assim atinge três cidades: Carambeí, Ponta Grossa e Castro.
Isadora Camargo
Serviço: Rádio MZ, FM 90,7
Endereço: Rua Francisco Ribas - Ponta Grossa
Telefone: 3220 7474
www.mzproducoes.com.br
Só esclarendo algumas informações relatadas no último parágrafo:
ResponderExcluir- O fato da concessão da MZ ser de Carambeí não é impedimento para as operações se concentrarem em PG, pois há uma regra que permite que as rádios operem, desde que com autorização, numa distância de até 30 km da cidade de onde tem outorga. Esse recurso é muito usado no mercado radiofônico das cidades maiores e PG não é exceção. Claro que os maiores prejudicados são os moradores de Carambeí.
- O nome informado no SISCOM é o da empresa que participou da concorrência do canal 214. Quem vence, depois pode escolher o nome fantasia que quiser, bem como mudá-lo mais tarde, sempre com autorização.
- Tentar relatar toda a área de cobertura de uma rádio é um risco enorme. Dá para dizer que o sinal da MZ cobre as cidades de Ponta Grossa e Carambeí, mas Castro não. O sinal da MZ cai bruscamente logo após o pedágio. Claro que ela é sintonizada em algumas áreas rurais castrenses, isso é fato, mas não é só lá: em alguns lugares no interior de Tibagi a MZ pega melhor do que em muito bairro pontagrossense.
A não ser nesses detalhes, concordo plenamente com o tom da crítica. E não só pelos fatos expostos. A MZ pecou na escolha do nome (muito personificado, se acontecer algo de ruim com o dono vai refletir diretamente na rádio) assim como na segmentação popular eclética, por já estar muito batida na Cidade (vide Rádio T, Mundi e Antena Sul). Não que a programação musical esteja ruim, pelo contrário, acredito que está melhor até do que a da Mundi. Os profissionais também são bons. A MZ é boa, mas quem sabe alguém de lá lê esta crítica e torna as coisas melhores...
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