20 de novembro de 2009

Bons e maus começos


Com o ano letivo se aproximando do fim, é possível ter uma visão mais aprofundada a respeito da função prática desse blog através das várias edições postadas até então. A atividade dos estudantes do segundo ano de jornalismo revelou-se bastante satisfatória, a agenda cultural da cidade de Ponta Grossa foi e continua sendo muito explorada no decorrer de cada semana. A ousadia na escrita e a elaboração de títulos mais sofisticados são fundamentais para atrair o leitor que nem é Jornalista, não faz parte do nosso rol de amigos, e desconhece a função prática de um crítico de mídia.

Os alunos puderam apresentar e ao mesmo tempo serem apresentados a uma cidade que julgavam não possuir vida cultural útil. E entre tombos nas repetições de palavras, desvios na falta de tempo e certa relutância de escrever um texto que fugia aos padrões conhecidos até então, chegamos a novembro. Mas a pedra no meio do caminho dessa edição pode ser associada a falta de criatividade e maior dosagem apreciativa na maioria das críticas oferecidas.

A autora de ‘Visões da infância em uma peça adulta’ não fugiu da descrição em seu texto, podia ter abordado outros aspectos da peça (que oferecia vastos conflitos existenciais), mas se deteve nos problemas técnicos da apresentação e pouco evoluiu na crítica proposta. Em “Para sair da rotina radiofônica” a própria autora não conseguiu sair da rotina que sugeriu, o texto ficou monótono e pouco contribuiu para informar e interessar um novo leitor. ‘ Tito e o chopp à moda antiga’, também demonstrou pouca originalidade, principalmente na abertura da redação, entretanto, o valor histórico que surgiu no decorrer das linhas compensou o leve deslize do ‘abre’. Vale novamente pensar no nosso leitor. Será que realmente ele seguiria a leitura até o final para descobrir por que a chopperia do Tito não faz questão de atrair novos públicos? Dizem por aí que ‘os fins justificam os meios’, mas o que salva um mau começo? O mesmo comentário pode ser atribuído à autora de ‘Uma exposição da miséria humana’.

Gisele Manjurma

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