4 de outubro de 2009

No jornalismo, o trivial (também) não seduz




A falta de espaço para a crítica cultural é perceptível e lamentável nos dois jornais locais: 'Jornal da manhã' e 'Diário dos Campos'. O primeiro até tenta introduzir um espaço para a cultura, com a editoria intitulada 'Mix', mas não alcança êxito quando, na prática, só mostra as chamadas de eventos culturais. No JM, tem um espaço denominado PuB, destinado às notícias do projeto Cinearte.


O projeto local, que visa exibir filmes nacionais com debate a partir de uma crítica fundamentada em especialistas e é apoiado pelo próprio jornal, poderia ser facilmente abordado como tema para crítica de música em qualquer jornal da cidade, mas isso não acontece! O outro Jornal da cidade – Diário dos Campos - também não difere da mesma lógica no jornalismo cultural.

O Diário dos campos, com a editoria de variedades, tem uma pequena quantidade de notícias culturais e de crítica menos ainda. Fica claro aos leitores dos dois jornais locais que não há interesse na produção de crítica midiática no próprio espaço do impresso.


Um exemplo de modelo de crítica cultural que se aproxima de um caminho mais interessante ao leitor, de forma instigante, sem deixar de ser apenas informativo, é do jornal 'Gazeta do Povo'. O Caderno G, que é o espaço do referido impresso destinado à cultura, compreende matérias sobre cinema, música, culinária, artes visuais, com a contextualização dos eventos e não apenas a divulgação com as principais informações. É preciso, para além de um jornalismo cultural “feijão com arroz”, criar espaços propícios de crítica que façam a interação leitor e meio de comunicação.

Beatriz Bidarra

Serviço (Jornais):

Diário dos Campos. Editoria Variedades

Jornal da Manhã.Editoria Mix

Gazeta do Povo.Caderno G.

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