13 de setembro de 2009

Exagerando na dose de descrição

Através do ‘Crítica de Ponta’, os estudantes do segundo ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa têm a oportunidade de treinar e apurar o seu olhar crítico sobre os produtos midiáticos da região dos Campos Gerais. Porém, novamente o excesso de descrição aparece em algumas editorias do blog.

Pautando o gari que recentemente lançou um livro de poesias, ‘Livro Aberto’ mostra para o leitor as dificuldades por quais passou Marcelo Vieira, o conteúdo de seu livro e como adquirir a publicação do gari poeta; porém, em nenhum momento há uma crítica à obra. Por mais interessante que seja a vida do trabalhador, o leitor espera um posicionamento do crítico perante as poesias, o que não acontece. Na mesma seção, o texto apresenta trechos redundantes em “Quantas pessoas tem um sonho de realizar algo que deseja?” e “O livro é um produto independente, produzido pelo próprio autor.” Em outras passagens do mesmo texto não há coerência em construções frasais como: “conquistou realizou um plano de muitos anos” e “Para tirar executar o projeto”. A mesma linha segue a crítica ‘Um desenho (de cinema) diferente’, na qual o centro da crítica surge apenas no último parágrafo.

Por outro lado, a descrição não pode ser descartada na editoria ‘Outros Giros’, o início do texto contendo a definição do local e suas características trazem o leitor para mais perto do local criticado. Em ‘Back in Black... and white’, a descrição é um elemento importante de contextualização do Cine Rock. O processo contrário acontece em ‘Resumão de informações na TVE’, onde a autora opta por começar a crítica do programa logo nas primeiras linhas do texto. Duas formas opostas de texto, mas que se encaixaram bem em suas respectivas editorias.

Destacam-se na semana a seção ‘Vitrola’, com uma crítica bem estruturada e um texto atrativo para o leitor, em que coube também a explicação dos estilos musicais citados logo no início do texto e a pauta de ‘Em Cena’, que mais uma vez se depara com a falta de produções teatrais na região, inclusive, bem colocada a afirmação “É fato que Ponta Grossa não é uma cidade com grande oferta de peças de teatro”, afinal, o próprio ‘Crítica de Ponta’ já abordou em uma de suas críticas a falta de peças teatrais.

Felipe Liedmann

2 comentários:

  1. Acredito que a edição deveria ter consertado os problemas de coesão em alguns textos. Uma ligeira falta de atenção, tanto do redator quanto do editor do texto.

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  2. Falta de atenção do editor no texto "Livro Aberto", não corrigiu os proprios erros. Thiago Copla

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