9 de maio de 2009

É preciso aprender com os erros dos outros


Há um provérbio que diz: ‘só conhece as pedras quem passou pelo caminho’. No entanto, a realidade dessa edição é outra. Os nossos críticos continuam tropeçando em pedras já conhecidas. Existe mais um que diz: ‘o homem sensato aprende pelo erro dos outros’. Entretanto, muitas falhas cometidas anteriormente se repetiram.

Por exemplo, na editoria ‘Antena’, a palavra ‘programa’ foi usada seis vezes, um erro já apontado pelo ombudsman outras vezes. E a rádio ‘apresenta o melhor da moda de viola’, mas o melhor segundo quem? O texto, por outro lado, trouxe um aspecto diferente do que foi abordado até então na editoria. O mesmo problema acontece no ‘Outros Giros’, onde além da repetição de palavras, há algumas frases longas. E a autora afirma que o Parque Ambiental ‘é um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade’. Quem definiu que ele é um dos mais conhecidos?

Apesar da boa abordagem da sessão ‘Vitrola’, em partes o texto fica confuso, como quando diz que a platéia aplaudiu sem motivo um palco vazio. Como foi acontecer isso? E usa palavra ‘metade’ sem definir quanto seria uma platéia inteira. No ‘Entre linhas’, o autor utiliza adjetivos muito amplos, sem um atributo definido, como ao dizer que a diagramação é ‘cuidadosa’. Como seria uma diagramação cuidadosa? E ele também diz que a primeira publicação ‘pode ter sido’ prejudicada pela inexperiência dos jornalistas. Foi ou não foi prejudicado?

O principal erro da editoria ‘Na tela’ foi o fato de ter sido utilizado uma interrogação no título. A palavra ‘falsa’ entre parênteses bastaria para transmitir a ideia. A sessão ‘Projetor’ deixa algumas dúvidas. Se o leitor não assistiu ao filme, ele não sabe o que é o Projeto Arma X, citado no texto sem explicação do que se trata. E o autor afirma que ‘tudo está retratado lá’. Onde é lá? Tudo o quê?

Com exceção desses pequenos deslizes que já foram apontados pelo ombudsman em outras ocasiões, o conteúdo e o objeto a ser analisado estão em constante processo de evolução nos textos de nossos críticos.


Mônica Bueno

12 comentários:

  1. Alguns erros apontados pelo ombudsman creio que sejam equivocados. Nem tudo pode ser definido de maneira exata. O crítico aponta possibilidades e não tudo de forma exata, até porque seria impossível. Fazendo uma crítica à crítica, achei que o ombudsman cometeu os mesmos erros que critica, sobretudo, a generalização.

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  2. Justificando o meu texto (Entre Linhas): uma diagramação cuidadosa é uma diagramação que não é descuidada. Óbvio isso, não? Acredito que o leitor entenda perfeitamente isso, ainda mais porque o texto continua assim: "Fotos sobrepostas e os cabeçalhos das páginas com micronotas dão um aspecto leve ao jornal". Isso é coisa da diagramação. Não acha que eles tiveram um cuidado especial?

    Sobre dizer que o jornal 'pode ter sido prejudicado' pela inexperiência dos jornalistas, quis mostrar aos que não sabem como funciona a escola de Jornalismo que, apesar de estarem no 2º e 3º anos, podem ser inexperientes ainda. Digo 'podem' porque não conheço a lógica de produção do jornal da Secal, mas esse é o principal indício.

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  4. .... se a crítica detalhasse o que é o Projeto Arma X, de que adianta ver o filme?

    .... "a palavra ‘programa’ foi usada seis vezes, um erro já apontado pelo ombudsman outras vezes", e "vezes" apareceu duas vezes na mesma frase da ombudsman que reclamou de repetições.

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  5. O tom da coluna do ombudsman tem sempre seguido mais a proposta do blog que as críticas. Não se pode ter medo de "descer a lenha" mesmo. Isso só tem sido feito pelos redatores como forma de se defender das críticas direcionadas a seus textos. Vejam, no link abaixo, um bom exemplo de crítica, com adjetivações bem ousadas. Notem que o autor, lá pelo quinto parágrafo, chega a lançar mão de um recurso bastante provocador: dirige-se diretamente ao artista.

    http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/12/15/ult89u10008.jhtm

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Sobre o filme, a maior crítica ao blog é quando os alunos fazem resumo, o que foge ao intuito do projeto. A crítica não tem obrigação de descrever o que é a Arma-X, quem quiser esse tipo de informação detalhada que veja o filme.

    A Ombudsman diz: O texto (do rádio), por outro lado, trouxe um aspecto diferente do que foi abordado até então na editoria.

    Que aspecto? Diferente como? Quem não leu o texto vai ficar perdido, certo? Essa parte deixa algumas dúvidas ao leitor. Ah,o homem sensato aprende pelo erro dos outros.
    É isso aí.

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  8. Coloque-se no lugar de uma pessoa que está vendo o blog pela primeira vez. Ela vai ler as críticas, o ombudsman e os comentários. O leitor de primeira viagem não nos conhece e não está interessado em saber das nossas brigas pessoais, certo? Que tal deixar as desavenças pra lá e procurar aprender, um com o erro do outro? Estamos estudando pra isso, pessoal... Ninguém aqui é obrigado a escrever um texto perfeito e sem erros de português. Por favor né, minha gente, se tiverem problemas pessoas, resolvam em outro espaço, porque o blog não foi feito para isso.

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  9. O grande problema do blog é que os autores levam as críticas feitas aos textos pro lado pessoal! Não se pode fazer uma mínima correção ou um comentário sem que se arme uma guerra!

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  10. Correções e comentários com coerência devem ser feitos sim. Mas existem coisas que não podem ser toleradas, quando são cosntatações infundadas.

    Mas concordo com o Elias de que as críticas poderiam ser mais duras (pro bem ou pro mal).

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  11. E outra.... o espaço de comentários abre oportunidades de se "justificar" quando se reclama de algo. E isso dificilmente mudará. Então nem adianta tentar "apaziguar", sempre virá alguém tentando se explicar pelo uso de tal ou tal argumento/artifício.

    Isso é interessante pois também é uma forma de aprendizado e troca de experiências.

    Mas, como foi dito, deve-se tomar cuidado para não cair no lado pessoal.

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  12. Adorei o blog, já está favoritado. Só não vejo sentido de ter um ombudsman se as pessoas não aceitam as críticas.

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