27 de maio de 2010

Continuamos sem crítica e sem fundamentação

É evidente a melhoria em grande parte dos textos publicados no blog Crítica de Ponta nessa semana, mas ainda há diversos problemas, que, inclusive, já foram apontados nos textos dos Ombudsmans anteriores. O mais gritante deles continua sendo a falta de crítica nas publicações. Um exemplo é o texto da editoria Vitrola, que trata de uma apresentação da Orquestra Militar. O texto é esteticamente agradável, mas se limita à descrição do evento, com algumas palavras que sugerem uma leve crítica. É preciso fazer mais do que uma bela descrição dos acontecimentos e apontar, de forma crítica, qualidades e defeitos do produto analisado.
Outro defeito que parece persistir no blog é a crítica sem fundamentação. Alguns textos cometem o mesmo erro: são um mero elogio, sem explicação, à obra ou evento. Como exemplo o texto da editoria Entre Linhas, que elogia a revista Juliette, mas se contradiz quando afirma que “com páginas carentes de fotos, notas e boxes, percebe-se que o espaço é, majoritariamente, destinado para textos longos, o que os deixa valorizados”. Nesse caso, seria necessário explicar o que significa essa valorização, pois elementos gráficos como fotos, notas e boxes poderiam valorizar mais a parte estética da revista do que textos longos.
A editoria Projetor, que esmiúça o remake do filme “A Hora do Pesadelo”, é exemplo a ser seguido. A autora critica elementos do filme comparando-os com o longa original dos anos 1980 e demonstrando conhecimento técnico e contextual para fundamentar a crítica. Outra publicação que segue corretamente a proposta do blog aparece na editoria Na Tela, que critica a produção jornalística da TV Educativa de Ponta Grossa, com argumentos fortes e bem fundamentados.


Aline Jasper

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