13 de maio de 2010

Batendo na mesma tecla


A percepção inicial que o leitor tem ao abrir o Crítica de Ponta é que há tudo, exceto críticas. Só tem certeza quando lê o nome do blog e vai à busca do que é proposto esmiuçando os textos. Não é a primeira vez que um ombudsman foca nessa falha que persiste em aparecer nas publicações.
Algumas editorias ocupam um grande espaço com descrições e, quando devem exercer a crítica, finalizam o texto com uma sugestão ao produto analisado. Ora, a sugestão para resolver problemas dos objetos não é a proposta central do Crítica de Ponta. Um exemplo é a editoria “Antena”. Deve-se tratar a produção da crítica como uma prioridade.
A falta de caracteres poderia ser um motivo para derrubar alguns textos e não só a ausência de críticas. Entretanto a edição optou por postar todos, mesmo os que não continham o tamanho padrão. Quando se delimita um número de caracteres, o autor deve procurar ao máximo descrever o produto e criticá-lo dentro do que foi proposto. A editoria “Na Tela” mostra que isso é possível.
A autora da editoria “Projetor” não deveria ter escolhido um filme aleatoriamente para ser criticado. Ela poderia ter optado por um que estivesse em cartaz ou que tenha participado recentemente de algum projeto cultural em Ponta Grossa.
O excesso de adjetivos também merece ser ressaltado. A edição poderia tê-lo usado como critério para derrubar alguns textos. Os objetos analisados e descritos são adjetivados sem explicação básica. Deve-se considerar que um adjetivo é relativo e deve ser evitado em um texto. Quando sua presença é indispensável, é necessário, ao menos, justificar o seu uso. O texto da editoria “Em Cena” pecou ao fazê-lo, como já aconteceu em outras edições.


Janaina Lellis

Um comentário:

  1. Esses padrões de caracteres (que o leitor não sabe quais são...) são muito exagerados, exatamente um dos diferencias da web não aproveitados. A hipertextualidade também poderia ser utilizada qdo se faz referências aos textos.

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