1 de novembro de 2009

Preconceito ou Crítica Cultural?


Criticar é, ao certo, opinar. Analisar todas as dimensões possíveis de um produto e a partir disso formar um juízo de valor. Nessa última etapa do processo crítico o blog não falha. Porém, a falta de uma análise mais profunda deixa esse juízo final sem justificativa.

A ausência de indicadores sobre as opiniões do autor em relação ao produto é um defeito grave, pois dá aparência preconceituosa à crítica. A exemplo, temos o texto da editoria Livro Aberto – Confusões de um Poeta Anônimo. Rimas fáceis seria o mesmo que rimas pobres? São as rimas supostamente pobres que deixam o texto sem criatividade? A autora afirma que o poeta não consegue prender ou emocionar o leitor devido a sua simplicidade e monotonia, mas não diz o porquê de tal monotonia. O ápice da especulação se dá no último parágrafo, onde a autora diz que em muitas vezes o leitor compra as poesias por pressão do poeta.

A crítica é confusa. De acordo com o texto, o folheto do poeta possui variações nas fontes de cada texto, porém, na sequência, a crítica afirma que não há variações no design da obra.

No editoria Entre Linhas, o texto afirma que ‘Campos Gerais’ expõe com “ênfase” a importância das atividades de extensão, mas não explica a tal ênfase.

Contudo, outros textos, por exemplo as críticas de cinema e de música, apresentam apoios para seus juízos de valor, o que torna as críticas sustentáveis. A semelhança da banda Tio Canca com a Mandau, apresentada na editoria Vitrola, dá bases para afirmar que a banda carece de identidade e que precisa inovar.


Stiven de Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário