28 de novembro de 2009

Literatura em doses


Falta de tempo é uma das principais desculpas para não ler. Há quem diga que os livros são caros, e isso realmente é um problema. Porém, a falta de tempo é um argumento questionável. Nem sempre percebemos, mas no cotidiano aparecem oportunidades de leitura que não aproveitamos. Na editoria Espaço Público do Jornal da Manhã, de Ponta Grossa, há uma seção chamada Crônica, espaço no qual participam seis escritores da cidade, um em cada dia da semana, exceto segundas-feiras, quando o JM não circula.



A crônica é um gênero literário geralmente escrito para ser publicado em jornal ou revista. Trata-se de um texto pequeno, de linguagem simples, feito com base em um acontecimento do cotidiano. Aí entra o talento do cronista para dar à realidade toques de ficção ou humor, conforme seu estilo de escrever. A crônica é uma pequena dose de literatura que deixa leve qualquer jornal, além de ser ferramenta importante para levar o leitor à reflexão.

Uma crônica traduz a visão de mundo do escritor. É uma maneira de ver um acontecimento mais descompromissada do que o jornalismo, mas não deixa de estimular a crítica. Ela está lá, um pouco solitária em meio ao editorial e aos outros textos “pesados”. O espaço é realmente pequeno, a crônica se contenta com poucos parágrafos. Ela pode ser uma pausa, um momento descontraído durante a leitura das informações ou pode ser também uma informação, pensada de modo diferente.




A cada dia, uma surpresa. O escritor fala sobre a cidade, amigos, momentos, lugares ou sobre si mesmo. As possibilidades da crônica são muitas. Seu único pedido é um pouco mais de atenção dos leitores, principalmente daqueles que reclamam que não têm tempo para sentar e ler com calma. Afinal de contas, a literatura nem sempre precisa estar em um livro.


Thalita Milan


Serviço:
Jornal da Manhã, da rede Diários do Paraná
Página 2A, Crônica
Circulação em Ponta Grossa e região
Preço: R$1,75
Crédito das fotos: Thalita Milan

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