22 de novembro de 2009

Do raso ao profundo

Foram aproximadamente oito meses de produção de críticas semanais para o ‘Crítica de Ponta’, e, durante o mesmo período, eram previstas dificuldades para encontrar produtos culturais de mídia suficientes a serem criticados. Em certa época, os textos não fugiam do comum, foram vagos, rasos e se sustentavam nas primeiras impressões que os críticos tinham das obras culturais. Oito meses depois, não há o mesmo receio em ousar e o olhar crítico dos estudantes do segundo ano de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa está bastante aguçado.

Ousadia que nesta semana está presente nas editorias ‘Vitrola’ e ‘Projetor’. Ambas aproximam já na abertura da crítica o nosso leitor dos fatos, o que torna o texto mais atrativo. Descrever o ambiente em que ocorre ou ocorrerá a apresentação deixou os textos mais sensitivos para os internautas que acessam o ‘Crítica de Ponta’. Ao mesmo tempo, as autoras das críticas não perderam o foco em analisar e interpretar os produtos, provando que há possibilidade de mesclar descrição e crítica no mesmo texto. Na crítica sobre o filme “Lua Nova”, outro aspecto chama a atenção positivamente – a análise que mistura os aspectos econômicos da produção cinematográfica, a renda gerada e a temática recente que é garantia de sucesso.

Alguns problemas aparecem na editoria ‘Na Tela’, ao criticar as séries de ‘Casos e Causos’ a autora deixa momentos confusos no texto como na passagem - “Em 'Casos e Causos', o requisito falta de experiência é perceptível, pois o elenco não é formado de atores profissionais ou que atuam na área” – vale no caso explicar como são selecionados os atores da série, pois há a afirmação de que eles não atuam na área. Ao mesmo tempo, o serviço fornece o elenco com nomes de atores conhecidos nacionalmente (Ricardo Tozzi, Humberto Martins, Taís Araújo, entre outros). Outra relação desconexa é o fato de uma das imagens apresentadas ser do livro ‘Casos e Causos’, do jornalista Herculano Vicenzi. Há relação entre o livro e a série televisiva?

Em ‘Outros Giros’, a crítica poderia estar centrada no ambiente oferecido e na qualidade do atendimento, o que seriam características particulares da editoria. O título e a abertura do texto passam a impressão para o leitor de que ele lerá algo publicitário, contando a vantagem dos preços do local criticado se comparado aos concorrentes da região.

Após oito meses criticando diversos tipos de veículos impressos, a reflexão sobre o destino final dos jornais foi bastante oportuna e interessante. Uma boa estratégia para inovar no conteúdo das pautas de crítica no ciclo que está prestes a ser fechado.

Felipe Liedmann

Um comentário:

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