10 de outubro de 2009

Sem Meias Palavras


Escolher temas para analisar nem sempre é fácil. Buscar entre diversos assuntos aquele que mereça um espaço é uma tarefa complicada para quem está aprendendo a lidar com a crítica, seja ela em qualquer área. Nesta edição semanal do blog Critica de Ponta, pode-se ver diversos assuntos interessantes, porém com abordagens que deixaram a desejar, pois percebe-se, em alguns casos, uma descrição textual. Os leitores não precisam saber com detalhes como o programa funciona ou o que o filme conta. Eles precisam de uma analise bem feita sobre toda a produção que está sendo descrita.


Apesar de ser um texto jornalístico, os críticos podem se soltar, demonstrar sensações. Isso torna o texto mais interessante, mas sem esquecer que tal avaliação precisa se basear em alguma coisa concreta, dando credibilidade a crítica. Escrever mais do que apenas aquilo que se vê ou escuta. Mostrar o porquê de um certo tema ser ou não interessante também faz parte da crítica. Seria o medo de errar que leva a repetir as mesmas falhas tão comentadas por outros colegas no Ombudsman... deixando o texto monótono e cansativo. Ousar nem sempre é ruim. Pode assustar, no principio, mas o diferente normalmente agrada.


A editoria Antena, por exemplo, poderia ter escolhido melhor o tema da crítica, pois em Ponta Grossa existem várias emissoras de rádio com programas direcionados à cidade. Ao relatar e criticar programas locais e, quem sabe pouco conhecidos, o crítico instiga o leitor a procurar tal programa. Ponta Grossa e região ainda têm muito a oferecer ao blog, é só saber procurar. Um texto que consegue instigar o leitor é o que trata da mansão Vila Hilda, pois questiona a coragem do leitor e fala de um assunto que algumas pessoas temem (as assombrações) e que fazem parte das lendas de Ponta Grossa.


É preciso cuidado ao dar mais importância a um ou outro membro de uma banda ou programa, como foi descrito no texto da editoria Projetor... não parece tão oportuno falar dos Beatles como a banda do Paul e do John, os demais integrantes, George e Ringo, podem ser também importantes para os fãs.


Juliana Cardoso

Um comentário:

  1. concordo com o editorial sobre a diversidade de opções regionais que a crítica precisa reconhecer para, então, instigar a ver/conferir/transitar. E parabenizo as iniciativas desta Crítica de Ponta nesse sentido. Uma sugestão, talvez, para futuras abordagens... Depois de um tempo de relativo descanso, voltou a circular uma leva de fanzines pelo curso, quem sabe rendesse uma apreciação ou avaliação crítica do material. No mais, por falar em volta do descanso, estejam convidados a participar também com críticas do novo espaço de ombudsman do Portal Comunitário em http://representantedoleitor.wordpress.com/
    abraços,
    Rafael

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