10 de outubro de 2009

Fotojornalismo sem inovação


No jornalismo impresso, uma das formas de chamar a atenção do leitor é a fotografia. Quando se trata de fotojornalismo, além de servir de atração à leitura do jornal, o essencial é trazer informações adicionais, mostrar a realidade no momento do acontecimento.

Nos dois jornais diários ponta-grossenses - Diário dos Campos e Jornal da Manhã - o que se vê no aspecto fotográfico é um excesso de repetição. No Jornal da Manhã, por exemplo, as fotos da capa geralmente são tiradas de um ângulo superior. As fotos posadas também são frequentes, o que é contrário à intenção do fotojornalismo.

As fotografias tiradas nas reuniões da Câmara Municipal também se repetem no que diz respeito ao enquadramento. Embora o espaço limitado não ofereça muitas opções, é preciso inovar para provocar curiosidade no leitor.


O destaque da semana foram as fotos que ilustram as reportagens de ambos os jornais, nas edições de quinta-feira, 8 de outubro, sobre o assassinato do empresário Hamilton Trivellato. No dia seguinte ao crime, os jornais trouxeram fotos na primeira dobra da página, que fica mais visível nas bancas, do empresário morto, o que pode ser interpretado como sensacionalismo. O Diário dos Campos traz na capa da mesma edição (dia 8-10) três fotografias com o tema violência.



O problema das fotografias dos jornais diários da cidade é a falta de experimentação. As fotos são de qualidade, porém a experiência dos fotógrafos, e o ritmo apressado do jornal diário, talvez os levem a ceder ao lugar-comum, resultando nas repetições.

Serviço:

Jornal da Manhã Preço: R$ 1,50

site: http://www.jmnews.com.br
Diário dos Campos R$: 1,75

site:
http://www.dcmais.com.br

Gisele Barão

Um comentário:

  1. Fique falando mal dos fotógrafos que eles se vingam publicando fotos suas em ângulos desfavoráveis.

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