4 de julho de 2009

Um olhar jornalístico sobre a arte



Luz, a característica principal do teatro. Humor, parte da essência da arte cênica de Bertold Brecht. Os dois elementos se mostraram de forma incipiente na apresentação da peça "A expulsão do demônio", na última terça-feira, 30 de junho, no auditório da UEPG, no centro de Ponta Grossa.



A peça apresentada por alunos do curso técnico em artes cênicas do Colégio Estadual Senador Correia, mostra um cenário simples (apenas um banco), luz única em tons e efeitos e atores principiantes, mas crédulos da boa arte que faziam, apesar do nervosismo escancarado.

A cortina se abre para atores de todas as idades, que faziam cenas de briga e de alegria com a mesma ingenuidade e expectativa que um jornalista faz sua primeira matéria a ser publicada. O que não exime a arte de qualidade. Percebem-se técnicas cumpridas rigorosamente e, por vezes, um olhar preocupado da professora que os avalia, da platéia.


Ao fundo da peça toca uma MPB, não tão urbana, para ilustrar o cenário caipira do espetáculo. Era tudo simples, mas bonito. Lamentável que a apreciação do teatro seja rara no país, talentos ficam escondidos aprendendo quase que para si mesmo a importância da obra de Bertold Brecht.


Beatriz Bidarra


Serviço: Curso técnico em arte dramática-ator cênico.

Local: Colégio Senador Correia.

Duração: 18 meses

Aulas: De segunda à sexta, das 19h às 22h.

Matrículas abertas até dia 23\07\09.

Requisito: Ensino médio completo.

Gratuito.

Telefone: 3224-14-58

25 comentários:

  1. Bertolt Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido pelas apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.
    Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu 'teatro épico', que, de certa forma, sintetizava os experimentos políticos na Alemanha de Erwin Piscator e do russo Vsevolod Emilevitch Meyerhold, influenciado pelo teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos 1917-1926. Explorava assim Brecht o teatro como um fórum de discussões das complicadas relações humanas dentro do sistema capitalista, criando sua versão de um drama épico, na perspectiva de uma estética marxista.

    ResponderExcluir
  2. Nascido Eugen Berthold Friedrich Brecht na Baviera, Brecht estudou Medicina e trabalhou como enfermeiro num hospital em Munique durante a Primeira Guerra Mundial. Filho de Berthold Brecht, diretor de uma fábrica de papel, católico, exigente e autoritário, e de Sophie Brezing (em solteira), protestante, que fez seu filho ser batizado nesta igreja e com este nome, sofreu, como todos em seu país, a sensação de desolamento de encarar um país completamente destruído pela guerra.
    Depois da guerra mudou-se para Berlim, onde o influente crítico, Herbert Ihering, chamou-lhe a atenção para a apetência do público pelo teatro moderno. Trabalha inicialmente com Erwin Piscator, famoso por suas cenas Piscator, como eram chamadas, cheio de projeções de filmes, cartazes, etc. Em Munique, as suas primeiras peças foram encenadas - Baal (1918/1926) e Tambores na Noite Trommeln in der Nacht (1918-1920) ) - e Brecht conhece Erich Engel com quem veio a trabalhar até ao fim da sua vida. Em Berlim, a peça Im Dickicht der Städte, protagonizado por Fritz Kortner e dirigido por Engel, tornou-se o seu primeiro sucesso.
    O totalitarismo afirmava-se como a força renovadora que não só iria reerguer o país, como se outorgava a missão de reviver o Sacro Império Romano-Germânico. Mas, ao mesmo tempo, chegavam à Alemanha influências da recém formada União Soviética.Tido, por muitos, como esquerdista e socialista, Brecht era, contudo, um autor crítico em relação às injustiças do mundo, ansiava por despertar a consciência de seus leitores e espectadores, mostrando-lhes dados da realidade e deixando-lhes a tarefa de refletir sobre a mesma.
    É a este último grupo que Brecht vai se unir, na ânsia de debelar o seu desespero existencial. No entanto, depois de Hitler eleito, em 1933, Brecht não encontrava-se seguro na Alemanha Nazista, exilando-se na Áustria, Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e finalmente nos Estados Unidos. Recebeu o Prêmio Lênin da Paz em 1954.
    Seus textos o fizeram conhecido mundialmente e suas críticas enérgicas quase lhe custaram a própria vida, durante a Segunda Guerra Mundial e o regime nazista,sendo a temática bélica sempre recorrente em suas obras.
    Brecht é um dos escritores fundamentais deste século:revolucionou a teoria e a prática da dramaturgia, mudou completamente a função e o sentido social do teatro, usando-a como arma de conscientização e politização.

    ResponderExcluir
  3. As suas principais influências foram Constantin Stanislavski, Vsevolod Emilevitch Meyerhold e Erwin Piscator.
    Algumas de suas principais obras são: Um Homem É um Homem, em que cresce a idéia do homem como um ser transformável, Mãe Coragem e Seus Filhos, sobre a Guerra dos Trinta Anos, escrita no exílio no começo da Segunda Guerra Mundial, e A Vida de Galileu, drama biográfico com o qual Brecht encontra definitivamente o caminho do teatro dialético. Afirma Bernard Dort a respeito deste último:
    ... Galileu foi escrita, pelo menos originalmente, para servir de exemplo e de conselho aos sábios alemães tentados a abdicar seu saber nas mãos dos chefes nazistas.
    Além dessas, escreveu Seu Puntila e seu Criado Matti, A Resistível Ascensão de Arturo Ui, O Círculo de Giz Caucasiano, A Boa Alma de Setzuan e A Ópera dos Três Vinténs.
    Para Brecht, "Não basta exigir ao teatro conhecimentos, imagens elucidativas da realidade. Nosso teatro tem de suscitar o direito de conhecer, tem de fomentar o prazer da transformação da realidade. Os nossos espectadores têm não só de conhecer a maneira como é libertado o Prometeu agrilhoado, mas também de se adestrar no desejo de o libertarem. O teatro tem de nos ensinar a sentir os desejos e prazeres dos inventores e dos descobridores, e, também, o triunfo dos libertadores". No livro A obra clássica intimada, 1953.

    ResponderExcluir
  4. Só pra explicar quem é Bertolt Brecht.

    By Wikipedia

    ResponderExcluir
  5. Acho legal aceitar sugestões do Gadini. Mesmo. Mas, não é só pq ele falou em aula que a iluminação do teatro é um aspecto muito interessante, que é só falar isso num texto e pronto. Fiquei esperando pela explicação do pq a luz é "a característica principal do teatro" e esperei a toa...
    a única parte que volta a dar bola pra luz depois da primeira linha é: "luz única em tons e efeitos". não entendi a grandiosidade.

    ResponderExcluir
  6. Eu vi em vários sites e livros o nome de Brecht, tanto com D, como com T, perguntei a algumas pessoas e achamos que devia ser com d mesmo, mas se o wikipedia é fonte tão segura a ponto de não haver dúvidas, desculpe, errei. Quanto à questão da luz,o Gadini falou disso? Engraçado que seu argumtento pra criticar um texto é sempre esse. No início da peça Melanie Klein, com Nathalia Timberg, que eu vi, um teatrólogo proferiu algumas palavras sobre a luz no teatro. Ele disse:a luz é responsável pela ambientação das cenas, por produzir um cenário de imaginação próprio do teatro.E assim, tomei por base esse elemento na minha crítica.

    ResponderExcluir
  7. Concordo que a Bia deveria ter explicado para o leitor que foi Bertolt Brecht. Mas, Cleber, será que você não está exagerando em seu "jeito irônico de ser"?

    ResponderExcluir
  8. Legal Jenny, que pena que você não teve a idéia de falar da iluminação antes da Bia, quem sabe quando for a sua vez, você faça melhor e corrija todos os erros que apontou. Estou sugerindo como leitora do blog.

    ResponderExcluir
  9. Não estava falando do "T" ou "D" do final do nome. Só pra explicar quem foi ele, dessa vez sem meu "jeito irônico de ser".

    ResponderExcluir
  10. O Gadini falou sim, e não fui irônica. Acho legal mesmo aceitar as sugestões dele, pois mostram uma perspectiva diferente. E, mesmo se foi de outra pessoa q vc usou a referência da luz, continuo perdida quanto a grande importância dela no teatro. A questão não é quem falou o quê, mas como tornar isso claro para o leitor. O fato do Gadini ter sugerido o tema não é um argumento, é só uma constatação. O argumento é q a autora não deixou claro para o leitor pq a luz é a característica mais importante do teatro.

    E Yana, naõ vejo problema nenhum em a Bia ter falado sobre iluminação. Não entendi pq é um problema pra mim ela escrever sobre isso antes. Quando meu texto entra no blog está sujeito a críticas como todos os outros, sendo que a Bia (se eu não me engano) foi a Ombudsman da vez no meu último texto, e no meu Ombudsman várias pessoas criticaram a minha própria crítica.

    Estamos aqui pra isso, não é?

    ResponderExcluir
  11. Ah, e essa é a 2ª vez que eu lembro quando o Gadini comenta as coisas em aula. Não é sempre.

    ResponderExcluir
  12. Primeiro: de voltas as conversas que parecem muito particulares a realidade dos produtores do blog, o que para muitos visitantes pode parecer no mínimo instigantes, no sentido de que não sabem sobre "sugestão de aula", entre outros aspectos. E,na fala de J.A.T "O Gadini falou sim, e não fui irônica.", não havia imaginado ironia, já que nenhum dos comentários diz que o primeiro comentário de J.A.T. foi irônico. Se mais problemas com ironias, até porque elas são saudáveis em certa medida e nos fazem criar um raciocino perspicaz e único (não estou me fazendo clara e objetiva..rs).
    Quanto a rara valorização do Teatro como a autora diz, é um aspecto a se relevar!Mas faltou mesmo falar sobre Bertolt Brecht, uma síntese da obra do autor, não precisa tanto como no wikipedia! rs. Mas vamos melhorando!

    ResponderExcluir
  13. Eu concordo que faltou pelo menos uma breve explicação sobre quem é Bertolt Brecht, até porque muita gente desconhece. Mas é que no momento que eu escrevi isso passou despercebido.Vale para os próximos textos. Quanto à questão da luz eu discordo e já disse porquê.O ponto, como a Isa disse, é melhorar e é isso que se busca no critica de ponta.

    ResponderExcluir
  14. "Quanto à questão da luz,o Gadini falou disso? Engraçado que seu argumtento pra criticar um texto é sempre esse."

    Eu senti ironia.

    ResponderExcluir
  15. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  16. Nossa gente...isso é sério mesmo?
    ...extremamente desnecessário...

    Mariana

    ResponderExcluir
  17. Sérgio Luiz Gadini, Gadini para seus alunos: Graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (1990), doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004), o autor também realizou um doutorado sanduíche (pelo Programa Capes) junto à Universidade Nova de Lisboa/Portugal. Atualmente é professor adjunto (concursado) da Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde atua no Curso de Jornalismo e na Especialização (latu sensu) em 'Mídia, Política & Atores Sociais'. É membro do conselho editorial de várias publicações, entre as quais, a Revista Pauta Geral, Revista Internacional de Folkcomunicação, Revista Conexão UEPG, Publicatio UEPG, Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo (REBEJ) e Emancipação (UEPG), além de editor-executivo da Revista Folkcom. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Organização Editorial de Jornais, atuando principalmente com pesquisas sobre o campo cultural contemporâneo, jornalismo, mídia-política, estudos do discurso, folkcomunicação, gestão pública e políticas culturais, além de teorias do jornalismo e agendamento cultural. Exerceu a função de ombudsman do Jornal da Manhã, de Ponta Grossa/PR, no período de setembro de 2007 a setembro de 2008.

    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4791806A6

    Só para situar o leitor dos comentários sobre quem é Gadini, tanto citado.

    ResponderExcluir
  18. Seguinte, o prof. Gadini falou isso da questão da luz na sala de aula sim, e faltou a autora da crítica situar o leitor sobre qm é Bertolt Brecht sim.
    A questão da luz, a autora fez apenas uma colocação vaga. Pra mim (leiga em teatro)a luz não é a peça chave de uma peça teatral. Se você acha que a luz é a peça chave, explique por que. Ninguém aqui é obrigado a ter conhecimento em produção de teatro.

    Ok, quanto aos comentários... Quando vocês vão parar de achar que tudo que falam é ironia? Vocês relacionam o comentário à pessoa, e isso é fato. E eu que nunca falo nada? Vcs vão falar que é ironia também? Como sabem? Nem me conhecem! Em momento algum aqui alguém foi irônico. O Cleber manifestou a crítica dele de forma exagerada, concordo e critico a atitude dele. A J.A.T. fez a crítica baseada em uma observação dela. Porque serio, pra quem estava na sala aquele dia, parece mesmo que aquilo foi falado no início do texto por motivo além de achar mesmo aquilo. Ainda mais que a autora não justificou.
    Enfim, críticas ao texto e ao comportamento de vários ficam.

    ResponderExcluir
  19. a critica era sobre ILUMINAÇÃO?!
    achei que a critica era mesmo sobre a apresentação deles, envolvendo o texto do tal bertold brecht (nao conheço)

    ResponderExcluir
  20. ninguém falou sobre o que era de fato o tema da crítica, mas sobre informações que faltam (para alguns) dentro do texto. só isso.

    ResponderExcluir
  21. Acho desnecessário esse bate papo aqui no blog. Foi feito um questionamento sobre a crítica e a autora se defendeu, ok!
    Mas os comentários ainda estão parecendo ataque pessoal do que sugestão para a melhora do blog.

    Já conversamos sobre isso em sala de aula, não é?
    Será pura ignorância continuar com essa postura juvenil. Estamos no 2 ano de um curso universitário, e não na oitava série.

    ResponderExcluir
  22. Minha oitava série era um pouco mais "normal" =s

    daqui a pouco o negócio vai ser postar receitas nos comentários do blog... aí sim esse espaço será produtivo!

    Felipe!

    ResponderExcluir
  23. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir